terça-feira, 14 de junho de 2011

Francisco Assis e a Questão de Fundo para a Mudança no Partido Socialista

Interessantes, as declarações de Francisco Assis sobre algumas das mais pertinentes linhas de orientação do projecto de mudança que perspectiva para o Partido Socialista, podem ser lidas Aqui e delas destaco a pergunta que definirá o futuro de todos nós: "(...) A grande questão para mim é esta: como é que nós num contexto de grandes dificuldades e grandes constrangimentos financeiros nos próximos anos, e da necessidade de adoção de políticas orçamentais restritivas, vamos criar condições estruturais para o crescimento da economia e para manutenção do nosso estado de previdência que tem de se adaptar e transformar?(...)".

6 comentários:

  1. ....a grande mudança que se tem que fazer no partido não é a mudança do Secretário Geral, essa está feita..... Não era este Assis que defendia Sócrates e o seu governo? Então? Passou de " Yes man " a contestatário? Estou em crer que o PS, além da mudança de secretáro geral, precisa também que alguns militantes com pretenções o acompanhem.
    Abracinho

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  2. Caro Zéparafuso,
    Respeitando as suas opiniões, considero contudo que esa observação é excesssivamente linear... Por um lado, Francisco Assis não merece ser considerado um "yes, man" até porque tem denotado "pensar pela sua própria cabeça" e, na minha opinião, é das pessoas com maior e mais consolidada cultura e cultura política dos que têm exercido funções políticas mediatizadas nos últimos anos... por outro lado, como estou certa que reconhece e sabe, a velha técnica da "caça às bruxas" ou a desconsideração gratuita por quem exerce o poder é de um simplismo que em nada ajuda a maturidade democrática de que o país precisa.... e se é verdade, tal como o reconhece o próprio F.Assis, que, no PS, não mude apenas o Secretário-Geral mas que se reflicta e proceda com abertura e diálogo na reestruturação interna de um partido, penso que esse é o caminho normal da democracia.
    Abracinho.

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  3. Cara Ana Paula Fitas
    Embora não sendo militante do PS, sigo atentamente o que por lá se passa. Até porque entendo que no grosso de militantes do PS está o futuro do nosso País. Naturalmente sem excluir outros Democratas que andam por outros Partidos.
    Como não tenho direito a voto, não me pronuncio sobre os já conhecidos candidatos, mais atirados pela comunicação social e algum aproveitamento oportunista dos que estão na grelha de partida.
    Não tenho direito a voto, mas tenho memória. Relembro a posição de F.Assis quando o grupo parlamentar do PS se preparava para secundarizar ou tomar posição própria na condenação à politica Xenófaba do Presidente Sarkozy em relação à comunidade cigana, a atitude de Assis (cumprindo ordens de cima) chantageando o grupo parlamentar com a "demissão" caso não cumprissem as suas ordens.
    Não me parece que seja um homem destes que o PS precisa para restaurar a Democracia no seu interior e a confiança perdida de mais de um milhão de eleitores.
    Abraço

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  4. Cada um com a sua opinião. Aquilo que quis dizer, e acho que a Ana Paula entendeu, é que na minha opinião Seguro....dá mais segurança. Entre Assis e Seguro, não tenho duvidas nenhumas, Seguro é melhor e menos...ia dizer " Socratizante ".
    Abracinho

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  5. Querida Ana Paula
    Sou leitor intermitente do teu blog, mas quando o faço, faço-o com atenção. No que se refere ao tema "do dia", aqui vai a minha opinião (de não filiado, de não alinhado mas, de português empenhado no presente e no futuro do seu país). Não creio que a grande questão do PS seja a escolha da pessoa certa como futuro candidato a primeiro-ministro deste país, quando acabar o ciclo de "travessia do deserto" agora iniciado. Nem creio que seja seguro que qualquer dos candidatos um dia lá chegue, nem isso é um desígnio do candidato a secretário-geral do PS. O que acho que ós militantes terão de escolher é o candidato que mais e melhor debate proporcionará pelos tempos a vir! O que Portugal precisa é de coisas simples, como saber para onde quer ir e que sociedade é que está disposto a construir. O jovens é por isso que esperam: por uma oportunidade de dizerem de sua justiça! Os menos jovens também, porque de frustração de sonhos estamos fartos. Sabemos que os tempos serão árduos, mas haverá que discutir também a origem e a legitimidade da dívida. Até hoje ninguém se propôs a desmontar de forma que todos compreendamos como se compõe e que foi sendo responsável pela dívida que agora nos é imposta como uma cruz que há que levar ao calvário, sem muito bem sabermos como. É um secretário-geral com essa coragem, com essa determinação, com essa vontade que o país precisa. Senão, o desinteresse pela política continuará, com todo o cortejo de males de que já hoje padece. Beijinhos

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  6. Olá Fernando :))
    ... é bom que, mesmo quando intermitentes, os contributos e partilhas para a análise e debate das questões que nos afectam enquanto sociedade, sejam assim: de qualidade, positivas, claras, objectivas e esclarecedoras... esclarecedoras do que, também como sociedade procuramos e que nos ajudem a pensar que, de facto!, o importante não são os mecanismos de substituição de protagonistas mas, isso sim, a qualidade dos projectos e da capacidade de alterar o que, de estrutural, tanto dificulta o trabalho da democracia... Subscrevo na íntegra as tuas palavras e agradeço-te muito teres vindo até aqui para ajudar a pensar :))
    Beijinhos, meu amigo.

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