quarta-feira, 8 de junho de 2011

Jorge Semprún...

Jorge Semprún, antifascista, escritor e político que chegou a desempenhar o cargo de Ministro da Cultura de Espanha por nomeação de Felipe González, torturado e preso, por denúncia!, no campo de concentração de Buchenwald em 1943, morreu ontem, aos 87 anos de idade. Jorge Semprún, um dos maiores activistas e intelectuais do século XX, cuja obra foi maioritariamente escrita em língua francesa, trabalhou para a Unesco entre 1948 e 1952. Comunista desde 1942, entre 1952 e 1964, integrou activamente a resistência clandestina ao franquismo e a vida partidária do PCE até à sua dissidência, em meados dos anos sessenta, momento a partir do qual a sua obra seria a sua principal produção. Da sua vastissima bibliografia e produção cinematográfica destacam-se tantos títulos que mais vale conhecer aqui a respectiva enunciação. A Espanha fica mais pobre e, nós, como toda a Europa e  o mundo, também! 

8 comentários:

  1. Sem dúvida um dos maiores activistas e intelectuais do séc. XX, e grande humanista! Grande perda para a cultura espanhola e para o mundo!!

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  2. Desculpe a vulgaridade mas há "SEMPRÚN" que nos continua a enlevar com o seu vomprometimento e a sua luta.
    Qualquer democrata se vergará perante a sua figura e o tomará como exemplo.
    Um abraço, Ana Paula.
    (Temos de falar...novos tempos, novos desfios...)

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  3. è sempre um prazer enorme vir aqui...abraços

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  4. É verdade, Poeta :) ... a vida e a obra de Jorge Semprún é uma perda inestimável para toda a cultura e para toda a sociedade... em particular, nos tempos difíceis que correm...

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  5. Bela forma de o dizer, Miguel: haverá "Semprún" até ao final das causas, da consciência e da justeza :))
    É bom tempo, este que corre, para se falar, Miguel... tem toda a razão!
    Um abraço.

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  6. Obrigado, Eduardo... é, sinceramente, recíproco!... até logo... lá no História Viva :)
    Um abraço.

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  7. As dissidências do Partido Comunista, de qualquer um partido comunista, são sempre muito difíceis. Difíceis para o partido e difíceis para o dissidente.
    Jorge Semprún era dissidente do PCE, como todos sabemos. E embora tivesse sido um dos mais ilustres inteletuais espanhóis do século passado, e tivesse sido, talvez, o melhor ministro da cultura da democracia espanhola, não resistiu e, como todos os dissidentes comunistas, em todo o mundo, incluindo Portugal, naturalmente, também escreveu um livro a justificar a dissidência. A « Autobiografia de Federico Sánchez » é um livro portentoso e muito útil para se saber, hoje, o que foi a vida na clandestinadade dos comunistas espanhóis durante o consulado franquista. Livro que li e reli em língua castelhana, para não perder pitada do que ele queria transmitir e que as traduções nem sempre conseguem dar a conhecer. Embora já lhe conhecesse outros livros e guiões para cinema, embora já o admirasse, com a biografia de Federico Sánchez, fiquei muito mais agradado da sua escrita. Lamento, apenas, o ajuste de contas que tentou fazer com outros inteletuais espanhóis da sua época, como Rafael Alberty, por exemplo.
    Era desnecessário, em minha opinião.
    Mas, afinal, não é o que todos os dissidentes comunistas fazem em todo o mundo ?

    Cumprimentos

    R.C.

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  8. Carissimo RC,
    Agradeço-lhe, sinceramente! (e acredite que sabe que o faço de coração!), o comentário que aqui partilha.
    Um abraço.

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