sábado, 6 de agosto de 2011

Do Nuclear aos Objectivos do Milénio...


... cumprem-se 66 anos sobre o lançamento da 1ª bomba atómica, responsável pela devastação de Hiroshima (ler Aqui), a cidade que ficou como paradigma da destruição nuclear e que, pouco depois, viu repetido o exemplo na cidade de Nagasaki. Este ano, em 2011, exactamente 66 anos depois, o desastre nuclear japonês, nas centrais nucleares de que Fukushima constituiu o mais grave dos casos conhecido, torna particularmente relevante a evocação dessa Hiroshima a que, em 1974, o grupo brasileiro "Secos e Molhados" dedicou o tema que aqui hoje se relembra... e porque o tenebroso acidente de Chernobyl não chegou para que os Estados e os governos percebessem o perigo que disseminam entre populações indefesas em nome do lucro, procurando reduzir as suas causas a uma conveniente efemeridade, casual e rara, a energia nuclear continuou a ser utilizada e explorada de forma pretensamente controlada... não chegaram os avisos e os alertas da sociedade civil e a mobilização das organizações não governamentais que. apesar de tudo, conseguiram dinamizar o movimento ZLAN (Zona Livre de Armas Nucleares) a que muitos municípios do sul, em Portugal, aderiram mas cuja importância deixou de ser proclamada e enaltecida ao ponto de, nossos dias, a maior parte dos jovens desconhecer a sua existência e significado. À entrada da segunda década do século XXI, o desastre nuclear do Japão assustou o mundo ooidental e a própria Alemanha anunciou a sua intenção de abandonar esta forma de produção energética... resta ver até quando e quais os países que terão coragem de seguir tal intenção... porque a realidade é que o próprio Japão, já depois deste tétrico acidente, declarou ir continuar a recorrer à energia nuclear!!! ... quantas vítimas e quantas calamidades serão necessárias para que economia e política decidam, de forma efectiva e eficaz, impedir o massacre que estas ameaças activas significam para todos nós - é um dos problemas que mais urgente solução reclamam para que à dimensão da crise dos mercados e do vertiginoso caminho para a hecatombe social, se não somem mais tragédias que apenas irão acelerar a espiral da violência, da miséria, da exploração humana e da pobreza que, até há pouco, pensávamos estar a combater e de que a definição internacional dos Objectivos do Milénio é exemplo...

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