Enquanto o Presidente da República expressa a sua discordância com a intenção franco-alemã de vincular a UE à obrigatoriedade de introduzir nas Constituições nacionais, definições relativas ao que, correcta e adequadamente!, Cavaco Silva caracterizou como: "uma variável endógena" referente à orçamentação (vale a pena ler o comentário de João Rodrigues sobre esta matéria!), depois de Londres, é em Madrid que se assume o rosto do descontentamento e da consciência crítica espanhola que, por cá, à falta de uma oposição séria, responsável e consistente (leia-se aqui o comentário de Raimundo Narciso), encontra nas palavras do franciscamo Vitor Milícias a apreciação mais justa e desassombrada que ouvi nos últimos dias, evidente quando afirma, criticando a aparente atenção social do poder que acusa de "assistencialista" para com os mais desprotegidos: "os pobres têm os mesmos direitos -ou mais, porque têm mais necessidades!- que os outros."
Nas palavras de João Rodrigues: "(…) o esvaziamento da social-democracia, é influenciado por uma versão do neoliberalismo, particularmente moralista na questão das finanças públicas (…)". E esta assunção sintetiza tudo, até a "ignorância" de que Cavaco Silva é "rosto" face ao significado de «laicidade». Mais um pouco e o excelentíssimo PR relança (com as sobras da pensão do Victor Melícias) a discussão (a propósito pecado original) de Santo Agostinho: será que cometeu um erro ao basear-se na tradução latina da Carta aos Romanos (5,12) ao traduzir "Adão porque todos pecaram" em vez de "Adão no qual todos pecaram"?! Ou é desta que vai referir, a propósito dos "desprotegidos": "(…) as páginas da história sem sofrimento são páginas em branco, pois a negatividade é o empurrão da história e do seu progresso, e a razão na sua astúcia sabe o que faz.(…)" (Hegel)?!
ResponderEliminarO meu abraço, Nyx.
Entrevista desassobrada de Victor Milicias.
ResponderEliminarNa ausência de outras vozes criticas que há muito deviam estar no terreno o velho franciscano fez o que muita gente esperava que fosse feito por quem para tal foi eleito - dizer que o rei vai nú -.
Portugal continua um país estranho. A palavra de ordem actual é a falta de comparência dos políticos mais responsáveis.
Chega a ser chocante o abandono a que os portugueses se sentem votados.
UM ABRAÇO, aNA pAULA.