quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

As Gigantescas Gravuras da Terceira

“Nos altos matos da Ilha Terceira existem sinais de edifícios que já houveram e outras coisas que deixam em perplexidade…onde os nossos nonagenários confessam sempre os conheceram, já com admiração de seus pais que os tinham por obra de remotos séculos”.
(Francisco Ferreira Drummond, historiador, da Ilha Terceira)

Afirmada por Francisco Ferreira Drummond (1796-1858) nos “Anais da Ilha Terceira”, a certeza de que esta Ilha açoriana já tinha sido habitada antes da ocupação portuguesa do séc. XV, é um dos pilares desta investigação.
Fruto da pesquisa de um grupo de sócios da Sociedade de Geografia de Lisboa, foram recentemente descobertos na Ilha Terceira antiquíssimos sistemas de irrigação, bem como GIGANTESCAS figuras “desenhadas” no manto verde da Ilha.

Visíveis no programa Google Earth, estas gravuras de pessoas e animais são comparáveis, pela sua dimensão, às da Planície de Nazca e às do Sul de Inglaterra, ambas consideradas pela UNESCO como Património da Humanidade.
A perfeição do design, assim como o arcaísmo dos motivos e adereços das personagens, apontam no sentido da Antiguidade Clássica, revelando que esta Ilha foi habitada na Idade do Bronze e mantinha relações com as mais antigas culturas mediterrânicas.
Sendo a maioria da área da Ilha Terceira uma região agrícola e pastoril, talvez esse facto esteja na base da preservação de grande parte das gravuras. Contudo, de um momento para o outro pode chegar a “febre das auto-estradas” ou haver um surto de construção.
A criação de um parque nacional que englobasse – senão todos, pelo menos a maioria destes achados – seria o primeiro passo a dar, no sentido da preservação deste riquíssimo património.
Enquanto as gravuras não forem estudadas, catalogadas e preservadas, estão à mercê de qualquer roda de tractor ou da escavadora de um construtor civil. Toda a História que elas ainda guardam pode ser varrida da face da terra e com ela irá, talvez para sempre a explicação do passado desta Ilha, que muito antes de ser Terceira, já era ÚNICA.

Colabore connosco na preservação deste Tesouro Nacional, ajudando a encontrar patrocínios para o seu estudo e preservação.

Para saber mais leia: “Os Anais da Ilha Terceira”, Francisco Ferreira Drummond;
Edição da Sec. Regional de Educação e Cultura dos Açores; “A Terceira Atlântida”, Fernanda Durão, Editora Zéfiro.

Leela Brooker

1 comentário:

  1. Tretas... Não há figuras nenhumas apenas coincidencias. É como olhar para as nuvens, cada um vê o que quer...

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