A duração do conflito israelo-palestiniano é absurda e verdadeiramente intolerável no quadro de um mundo globalizado onde a defesa dos Direitos Humanos e da Paz se reconhecem como princípios universais e inalienáveis. Por isso, não se compreende o insucesso da incapacidade de intervenção. designadamente ao nível diplomático, de instituições como as Nações Unidas ou o Tribunal Penal Internacional que se encontram justamente desacreditadas política e civicamente... neste contexto, têm razão para efectivamente suspeitar da filantropia das relações políticas os que perspectivam os conflitos bélicos como oportunidades de negócio para o tráfico de armas e outros que para ele concorrem... Do Congo ao Zimbabué e ao Afeganistão, da China ao Tibete, do Paquistão à Índia, da Cisjordânia e Gaza a Israel, um pouco por todo o lado, o recurso à violência que se socorre da fome, da miséria e do morticínio tornou-se um argumento corrente entre governos e povos que deixaram de utilizar o diálogo e a negociação para fazer valer posturas, independentemente dos genocídios, do sofrimento e da miséria infligida às populações... ninguém poderá jamais legitimar a gratuidade desta escalada de mortes que hipoteca o futuro da Humanidade... porque é impossível que os traumas destes acontecimentos não afectem e distorçam o crescimento mental saudável de gerações e gerações de seres humanos, os tais que, justamente, integram a contundente e dolorosa constatação de Soeiro Pereira Gomes sobre "os filhos dos homens que nunca foram meninos"...
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