Em entrevista à RTP 2, António Borges proclama uma série de críticas à governação... com um raciocínio construido sobre a crítica do actual Governo, afirma uma série de princípios sem sustentabilidade, conhecidos de todos como slogans gratuitos... entre muitos outros lugares-comuns que o mundo constatou terem falhado, condena o envolvimento do Estado no apoio ao combate à crise e avança, divergindo por todos os caminhos, em apelos à completa liberdade do mercado(?), à capacidade dos empresários (?), ao fim do apoio ao consumo (?) e à redução minimalista do papel do próprio Estado... negando que o apoio ao consumo dinamiza a economia, afirmando que os empresários não precisam do Estado, que as PME's são a solução para a crise e que em Portugal circula a ideia de que, entre nós, ninguém vai à falência(?), o entrevistado denota uma total ausência de sensibilidade social e de estratégia político-económica... um pensamento ultrapassado pela realidade contemporânea e uma inutilidade de efeitos gravosos para as condições de vida dos portugueses... esperemos que se não instale o vazio criado, alimentado pela desconfiança, o medo e o desemprego capaz de, por simples expressão de descontentamento, dar crédito à demagogia... porque aí sim, sem sombra de dúvida, a crise iria instalar-se "a frio" sobre todos nós, de uma forma verdadeiramente insustentável... porque a tese defendida assenta no princípio de que é preciso que as pessoas vivam pior em nome de uma crise -que, estranhamente, o entrevistado insistiu em reduzir a culpas atribuíveis ao Governo!!...
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