"Quem vê caras, não vê corações" - diz o saber popular que ocorre, cada vez mais frequentemente, ao ritmo de notícias e especulações que vão chegando, a conta-gotas, à luz do dia... veja-se o caso "Face Oculta" que mais parece um jogo de espelhos onde cada imagem revelada deixa entrever outras tantas!... Tem destas coisas, o "oculto" que, pela sua própria natureza se não deixa esgotar no que se pensa - e muitos desejam! - ser a revelação, para gáudio dos que perseguem um ou outro protagonista e dos que procuram pretextos a justificar fins menos transparentes... felizmente, o mundo não gira à volta da produção mediática de acusações e, neste pequeno país, o oitavo a envelhecer a maior ritmo, as redes de negócios continuam a revelar-se de malha estreita apesar de tudo o que se diz sobre a Justiça e de toda a propaganda mediática que persegue o "fechar" de processos a cada suspeita e independentemente da sua fundamentação... o que, diga-se em abono da verdade, seria, para alguns - quiçá para muitos! - conveniente para não serem "desocultados" outros intervenientes...
Ana,
ResponderEliminarEstava aqui a pensar – e a propósito do seu "oculto" – isto dava uma boa alegoria de carnaval! Juntem-se também os 3 candidatos do PSD!!!(desculpe-me a brincadeira)!
um abraço.
Que país é este em que nos transformamos? E foi por causa de um homem só ou porque é isto que somos no nosso dia-a-dia? Incapazes de assumir responsabilidades, desrespeitosos para com as instituições, intolerantes para com os que não nos tecem loas, onde um juízo de valor, uma suspeita valem mais que um facto, onde a modéstia e a simplicidade deram lugar à arrogância e à vaidade?
ResponderEliminarUm país onde o Primeiro-Ministro (que parece incapaz de resistir ao apelo de amigos aparentemente pouco recomendáveis) é acusado de ter um plano para manipular informação, mas que convive pacificamente com um Presidente de um Governo Regional que não tem um plano porque manipula e censura a informação?; onde a oposição tem medo de apresentar uma moção de censura, mas quer que o Primeiro-Ministro se demita?; onde o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e o Procurador-Geral da República têm de dar públicas explicações como se fossem uns quaisquer?; onde se vêem jornalistas a cortar cerce a palavra a convidados que ousam defender Sócrates e o PS, mas rejubilam quando anunciam que um jornal não cumprirá uma ordem judicial?; onde se fazem peças jornalísticas sem o exercício do contraditório, negando aos visados o direito de se defenderem?; onde se vêem magistrados aparentemente mais preocupados com a sua visibilidade pública do que com a violação de normas que deviam proteger?; onde os que fazem manifestações pela liberdade de expressão são alguns dos que depois andam pela blogosfera e Comunicação Social a denegrir e insultar quem tem opinião diferente da sua?
Reflicta-se, pois. E para quem pensar que tudo isto é apenas para defender José Sócrates, desenganem-se. Eu, no lugar dele, demitia-me!
Jeune Dame,
ResponderEliminar... dizem que, "(...) no Carnaval, ninguém leva a mal (...)" ... eheheheh :)
Beijinhos :)
Caro Ferreira-Pinto,
ResponderEliminarReceba, por favor, o meu sincero agradecimento pela sobriedade desassombrada do seu texto que muito honra A Nossa Candeia.
... de facto, são precisos "nervos de aço" para enfrentar as frentes que, no espaço público, se afirmam apenas pela intriga e o exercício de intenções demolidoras, cujo interesse valeria a pena desmistificar além das óbvias explorações comerciais e até dos mais imediatos interesses político-partidários.
De novo, o meu sincero agradecimento.
Um abraço.
Fala-se do visível.
ResponderEliminarCala-se o invisível!
E penso dois factos ocultos:
i) josé eduardo moniz, indemnizado com
a saida da tvi passa a administrador
da ongoing que compra a tvi. Fala-se
disso? Nem uma palavra.
ii) oliveira e costa do bpn, fixo
numa das quatro casas e duas quintas
da ex-mulher, continua sem julgamento,
quando maddoff já está em prisão a
cumprir pena. Alguém fala nisso?
Nem uma palavra.
iii) O governo tem de aplicar um programa
de modificação estrutural da administração
pública em três anos. Os partidos falam nisso?
Nem uma palavra.
Caro vbm,
ResponderEliminarOs critérios de "visibilidade" e "invisibilidade" são, no nosso país, a manifestação da evidência de que nada do que nos é dado a saber o é inocentemente... presumo que podemos, sem medo de errar afirmar que a imparcialidade e equidade que se requerem ao exercício da "coisa" pública deixaram de integrar os códigos de acção e intervenção de partidos e meios de comunicação social... será?