A democracia tem, felizmente!, destas coisas: apesar da gritaria do PSD e da comunicação social, a mais recente Sondagem, realizada conjuntamente pelo Expresso/Sic/RR, indica que os portugueses voltariam a eleger, em maioria relativa, o Partido Socialista, para lhe confiar a gestão governativa. Ao contrário dos líderes sociais-democratas que tentam relativizar as dificuldades internas com a transmissão da mensagem sobre a pretensa urgência em substituir o Governo eleito, há menos de 6 meses (faça-se justiça a João Pedro Aguiar Branco que já fez notar que este objectivo não serve o interesse nacional, presumindo-se que não elege esta questão como prioridade a justificar a reorganização do seu partido), os portugueses reconhecem os esforços do Governo de José Sócrates e, apesar do incómodo causado e sentido por todos relativamente às constantes suspeitas que contra ele vão emergindo, preferem confiar no PS do que em qualquer alternativa da oposição que não consideram merecer a sua credibilidade. A reiterar a fundamentação desta opção aferida pela sondagem hoje divulgada, estão as declarações de responsáveis nacionais que, apesar do ruído envolvente, os portugueses conseguem ouvir, nomeadamente, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento e o Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto que, justamente, vieram a público esclarecer o lodaçal em que a especulação tem envolvido a Justiça e o Governo. O acto reitera a saúde da democracia portuguesa e contraria a demagogia que insiste em falar em limites autoritários à liberdade. Entretanto, vale a pena saudar, até por se justificar neste contexto de confiança popular na governação, a adopção de algumas medidas que, na Economia, cumprem requisitos reconhecidos e reivindicados (do PCP ao CDS) como essenciais: apoio às PME's (750 milhões de euros), incentivo à produção nacional (75 milhões de euros para os vinhos portugueses) e internacionalização dos produtos agro-florestais e das pescas (medida indispensável à revitalização destes sectores). Não chega?... claro que, no actual quadro económico nacional, não é suficiente mas é, indiscutivelmente, o sinal positivo que nos confirma a esperança da recuperação.
Sinceramente não sei se podemos considerar a falta de escolha como algo de bom para a Democracia... mas isto, é apenas o meu modesto pensamento!
ResponderEliminarCaro Voz a 0 db,
ResponderEliminarA falta de escolhas é sempre lesiva para a Democracia... porém, entre nós, o que acontece não é uma questão de falta de escolhas mas, isso sim, de escolhas que consideremos credíveis... e isso é, naturalmente!, negativo para a dinâmica democrática da sociedade portuguesa. De qualquer modo, não era essa a questão que este post focava. A intenção era a de chamar a atenção para o facto de, para além da aprovação orçamental que esta semana ocorreu na AR e que tem sido "ofuscada" por toda a polémica sobre "escutas" num clima de aparente imobilismo, bloqueio e dificuldade de discussão do rumo do país, algumas medidas económicas positivas estarem a ser tomadas, respondendo a alguns dos graves problemas nacionais. :)
Metáfora interessante, caracterização exaustiva e atenta sobre a: " (…) saúde da democracia portuguesa (…)" que, no fundo, tem dado provas do seu estado de doença. (O apoio e incentivo nas produções nacionais só funcionarão após um ajuste na procura interna…).
ResponderEliminarAbraço
O ruído é só da CS e dos justiceiros. Portugal continua a trabalhar e a Economia não pára. As exportações, no meu ramo, continuam a bom ritmo e cada dia mais diversificadas. Um exemplo:
ResponderEliminarhttp://sacodeasnuvens.blogspot.com/2010/02/cavalos-prontos-voar.html
Sim, Jeune Dame... temos tido oportunidade de assitir a "provas do seu estado de doença" :)
ResponderEliminar... e quanto ao ajuste na procura interna aí está um dado que é, realmente, importante para que os incentivos à produção interna se não esgotem nos caminhos da burocratização de acesso
aos apoios disponibilizados.
Abraço :)
Obrigado, Nanda, pelo contributo :)
ResponderEliminar... vou espreitar o saco de nuvens :)
Abraço :)
Ressalvo, Nanda... e vou passar a seguir o Sacode as Nuvens :)
ResponderEliminarAh! Mas como podemos nós saber, se são credíveis ou não, se nunca os deixarmos tentar demonstrar daquilo que são capazes?
ResponderEliminarSe bem se lembra, caro Voz a 0 db, já os deixaram demonstrar do que são capazes... e a experiência, pelos vistos!, não agradou à maioria da população que não os tem eleito com a frequência que desejariam... é, talvez, um problema de escolha ou melhor, um resultado do exercício da escolha.
ResponderEliminarPorque acredito na Democracia convido-vos a assinarem este manifesto:
ResponderEliminarhttp://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1319
Cara Ana...
ResponderEliminarNão sei a que período da história recente se refere... mas desde, e incluindo a Assembleia Constituinte, foi sempre o PS e o PSD(PPD/PSD) a dominar o Parlamento Português... portanto não estou a vislumbrar como é possível aferir da qualidade ou não de um qualquer outro partido se nunca esteve efectivamente a Governar.
Certo é, que possivelmente, seriam iguais ao PS/PSD/CDS, pois todos eles quando estão na oposição dizem uma coisa, e quando passam para o governo dizem o contrário...
Caro Voz a 0 db,
ResponderEliminarTem toda a razão :)
... desculpe!... sei lá porquê interpretei as suas palavras como se se estivesse a referir ao PSD !!!... desculpe!
Abraço :)
É um engano aceitável... dada a cor da minha fotografia..LOL
ResponderEliminarE não precisa de se desculpar...
LOL !!! :)
ResponderEliminarObrigado pelo bom humor :)
Abraço :)
COMENTÁRIO A POST-IT DE ANA PAULA FITAS- "CONTRA A CORRENTE"
ResponderEliminarContra a Corrente, fustigando os “arautos da desgraça”, os Medinas Carreiras; os Êrnanis Lopes, os Vacos Pulidos Valentes, os Vascos Graça Moura, os Danieis, e são vários, e tutti quanti.
Ao arrepio dos que subvertem um espaço, que se desejava pedagógico, eminentemente pedagógico, tornando-o palco de intriga palaciana.
Exactamente quem fez um “Balanço Estatistico”, do SIMPLEX, em vez de fazer um “Balanço Crítico e Histórico”, tema a que voltarei.
Não gosto dos políticos “Cara de Pau” e saudo os que também entendem a Política, como uma actividade lúdica.
Contra a Corrente sabendo ler a realidade.
Cordiais Saudações Democráticas e Republicanas
ACÁCIO LIMA
Caro Acácio Lima,
ResponderEliminarBem-haja pelas suas palavras :)
Cordiais Saudações Democráticas e Republicanas!
Volte sempre!