sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Impactos da Lei das Finanças Regionais na Democracia Representativa

Há uma pergunta que não ouvi colocar a propósito da polémica relativa à aprovação das alterações à Lei das Finanças Regionais e que penso denotar a ausência de maturidade política da democracia portuguesa, designadamente no que se refere ao seu exercício na oposição parlamentar. A pergunta decorre directamente do que se constitui, no quadro do Orçamento Geral de Estado já viabilizado na Assembleia da República, como um problema: considerando que a Madeira deixou de integrar as mais pobres e deprimidas regiões da Europa e do nosso país, a contenção de gastos que o adiar da aprovação destas alterações significaria, não poderia ter sido considerada parte integrante das medidas de combate à crise? Uma resposta coesa e unânime da Assembleia da República neste sentido, teria criado mais confiança nos cidadãos relativamente à democracia representativa... contudo, a tentação corporativa de cada um dos partidos na oposição, PSD, CDS, BE , PCP e Verdes, em demonstrar que se colocaram, demagogicamente!, na defesa dos seus eleitores, associada à vontade comum de mostrar ao PS que a oposição tem poder, foi mais forte que o bom-senso... e que a defesa do interesse nacional. É pena!... Porque o sentido de responsabilidade e o consenso necessários à estabilidade e governabilidade do país é mais importante que os braços-de-ferro inter-partidários... e, caso não se tenham lembrado, é bom que percebam que, na opinião pública, todos teriam ganho muitos mais votos!

10 comentários:

  1. Olá Ana Paula
    Amiga poderosa, tenho um selinho para si lá no Armazém de Pedacinhos.
    Beijinhos

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  2. eheheheheh Querida Ana Paula eu já me dá, é vontade de rir... para não chorar.
    É o nosso Pais um Estado de Direito Democrático?!
    E se é, como diz o "Governo Sombra" na TSF, que é feito do MRPP e do Dr. Garcia Pereira?! É o único político português, que viveu as agruras pré 25 de Abril, que diz coisas com bom senso e ainda por cima no activo!?
    O corporativismo engoliu-o?!
    Depois são estas mostras de oposição quando a não devia haver, são as mostras de colaboração quando seria imperioso que as não houvesse (lei do financiamento dos partidos, código contributivo )
    resumindo, cada um incluindo o Governo que nos levou à bancarrota, trata de tudo menos do essencial. Não vejo que isso das finanças regionais, seja imperioso... mas quem sou eu. Agora que gostaria de os ver trabalhar para quem lhes paga (contribuintes), ai isso gostaria!
    A histeria é já tanta, para ver quem fica com o naco maior, que sem se aperceberem mostram um Hemiciclo recheado de canibais irracionais.
    Para quem está de fora e não milita em partido nenhum, dá vontade de fugir a sete pés (realmente aconteceu... mas apenas com os investidores...).
    Sendo assim, acho verdadeiramente impossível pôr as questões, da mesma forma que a Ana Paula...
    O Teixeira dos Santos, deveria adoptar as mesmas medidas do seu homólogo irlandês, ou outros europeus de sucesso, na contenção de uma crise exacerbada e não fazer uma tempestade num copo de água.
    Cinco partidos a "partir" o País todo! Algo vai muito mal, no reino da Patagónia.

    Beijinho de um grão de pó desassombrado. :)

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  3. Ana,
    Nem consigo acompanhar tanto "disparate parlamentar" numa só semana! Além dos «braços-de-ferro inter-partidários», há o mau entendimento de "Estado de Direito" = sistema juridicamente condicionado. Mas podíamos reduzir isto ao absurdo, ou seja, fazer do "Direito" uma instituição social que determina o que se deve/pode fazer e, deixar fora do baralho, o "Estado"…
    (Enfim, isto irrita-me).Um abraço.

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  4. Querida Benjamina :)
    ... estou curiosissima... um selinho do Armazém de Pedacinhos é, por certo, uma preciosidade... entretanto, por tanta irritação que nos causa a continuidade de bloqueios que impõem a uma vida melhor para todos, ocorreu-me o post que a seguir vou inserir...
    Beijinhos :)

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  5. ... eu nem sei o que dizer, Fada do Bosque... é tanta incompetência, tanta corrupção, tanto oportunismo, tanta falta de "coluna vertebral" que, de facto, dá mesmo vontade de "fugir"... é triste e chocante ver como o exercício do poder corrompe (já o dizia Maquiavel e pelos vistos continuam a levá-lo "à letra") de forma epidémica e persiste em sistémica e corrosivamente, consumir-nos a paciência, a inteligência e a esperança... este é um reino "sem rei nem roque" onde se torna, cada vez mais, difícil acreditar e confiar... Um beijinho de pirilampo solidário e deveras incomodado com a irresponsabilidade e desconsideração com que tratam os cidadãos :)

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  6. Sim, Jeune Dame... irrita!... irrita solenemente!... tanta incompetência gratuita e tanta displicência descarada sob a capa de argumentos, por força de um Direito que ignora o Estado que fundamenta -ou deveria fundamentar - a sua própria existência... obrigado pelo recto e sintético enunciado :)
    Um abraço.

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  7. Irrita,Ana Paula, e desilude.

    E "eu só sei que nada sei" ou estou quase a nem querer saber.
    Apre,é demais.

    Melhor é dormir. Insuportavelmente zangada com tudo isto...
    "que povo é este que não se governa ,nem se deixa governar?"
    Bom fim de semana.
    Um beijo
    tina

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  8. Querida Tina,
    Obrigado pela excelente sintonia :)
    ... é que, de facto, estive mesmo para introduzir num dos comentários a frase de Estrabão :)
    ... também vou dormir... o post que pensei inserir fica para amanhã :)
    Bom fim-de-semana.
    Um beijo,
    Ana Paula

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  9. Não esquecer que o PS Madeira votou a proposta de lei inicial, na Assembleia Legislativa da Madeira.

    Repito o PS Madeira

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  10. Caro Anónimo,
    De facto, esse é um "detalhe" de que nos não podemos esquecer... porém, não pode um dado desta natureza ser encarado como fatalidade até porque a Madeira integra o território nacional e as medidas que se propõem para tentar debelar a crise têm de ter um alcance também nacional sem discriminações positivas assentes em pressupostos que devem remodelar-se em função de situações de excepção.
    Obrigado pelo seu comentário.

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