Há uma Luta sem Tréguas que é preciso reforçar... contra a Pobreza, a Discriminação e contra todas as formas de violência que, injusta e cruelmente, lesam os cidadãos no seu direito a existir no pleno exercício dos seus direitos. Há um combate que continua presente, no dia-a-dia de todos, contra o preconceito, a xenofobia, o etnocentrismo e as múltiplas formas de racismo que, nos comportamentos sociais, se identificam contra as etnias, as deficiências, a orientação sexual, as religiões e que dificultam o acesso em igualdade de oportunidades às condições de vida dignas que o nosso tempo permite... Há uma violência social sem rosto que ameaça Mulheres, Crianças, Idosos, Deficientes, Doentes, Minorias, Desempregados, Imigrantes e Cidadãos destituídos de competências sociais que a modernidade exige sem atender às respectivas condições de acessibilidade... Há quem pratique a Mutilação Genital Feminina... há quem se recuse a interiorizar que o valor da vida humana deve ser garantido no direito à integridade individual... há uma Democracia em construção onde o egoísmo e o corporativismo bloqueiam, invisível mas inexoravelmente, os Direitos Humanos e onde os agentes, activos ou passivos, desse bloqueio, recusam olhar para si próprios como tal... cabe-nos, a todos!, esclarecer, em cada palavra e em cada acto, o sentido exacto da nossa consciência e da nossa responsabilidade social nesta guerra civilizacional contra o silêncio com que pactuam, à sombra do anonimato colectivo que a complexidade deixa emergir, os discursos políticos e o autoritarismo social.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Intemporal
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Concordo com tudo. Aplicando a parte aplicável a Portugal discordo da parte "...há uma Democracia em construção...". Vejamos, "Democracia: Governo em que o povo exerce a soberania, directa ou indirectamente". Não somos Democracia directa, e também não somos Democracia indirecta (democracia indirecta: sistema onde os cidadãos elegem representantes responsáveis pela tomada de decisões em seu nome). Apesar de termos a ilusão de que vivemos numa Democracia indirecta a realidade é que isso não acontece pois Eu não voto no representante ao qual desejo entregar o meu poder decisório. Ao invés voto num Partido onde depois são escolhidos indivíduos que nada têm a ver com aquilo em que a minha pessoa se revê, e às quais eu não entregava decerto o meu poder decisório.
ResponderEliminarVivemos sim numa "Democracia Heredipartidária" na qual os membros da "família partidária" são os que vão sucessivamente chegando ao poder, independentemente das nossas "escolhas". Por isso acho sempre hilariante quando oiço ou leio a "revolta" das pessoas para com o Poder Político, afinal a maioria da população portuguesa aceitou e entrou neste esquema praticamente desde o inicio (após 1974). Que estamos a construir algo... estamos, mas de certeza que não é uma DEMOCRACIA.
Querida Ana Paula,
ResponderEliminarIsto chegou a um ponto de ruptura tal que no centenário da República, urge uma Revolução!
Não consigo ver mais nada a não ser o abismo. A pessoa em que votei, apesar de não ser militante, nem assento parlamentar tem. Foi escondido pelos Media, à boa maneira portuguesa e práticamente excluído da vida político-social, apesar de ser um dos mais antigos políticos no activo e representante de um Partido que quase não se ouve falar. O único a dizer e a lutar, por coisas sensatas! para quem quiser confirmar:
http://garciapereira2009.blogspot.com/
DEMOCRACIA?! eu nunca a vi!...
Concordo com o Voz 0 db e só me apetece chorar. Pelos mails que recebo, com desabafos de colegas bloggers... estamos todos desesperados.
Um beijinho de um grão de pó volatilizado... :((
Cara Voz a 0 db,
ResponderEliminarObrigado pela reflexão partilhada... de facto, as pessoas habituam-se ao uso dos termos sem sequer se preocuparem em aferir da justeza conceptual da sua aplicação - e este é um dos problemas que, na abordagem comum, deixa inquinado o sentido do diálogo... o pior é a incapacidade em repensar os caminhos, ajustar os métodos e aperfeiçoar as opções... no fundo, ficamos condenados à vigência de um senso comum assente em representações opinativas que decorrem do hábito e dos interesses instalados relativamente aos quais se não exerce a análise objectivante da realidade. A questão não é, porém, a de ausência de "massa crítica" mas do seu eco nas estruturas directivas e dirigentes, impremeáveis à atitude científica mas, a da persistência na gestão integrada que, no caso, apenas reforça os bloqueios endógenos do sistema... A Democracia hoje deveria ser encarada como a grande discussão de fundo da intervenção política; porém, a consciência da falta de coragem para reformular a actualidade e para, no concreto, a aperfeiçoar aproximando-a dos interesses dos cidadãos e no sentido do Bem-Comum nem sequer permite visibilidade ao problema...
Votos de um bom domingo.
Querida Fada do Bosque... se uma Fada chora, o Bosque desespera... às Fadas pede-se a força para ver caminhos onde eles parecem não existir :)
ResponderEliminar... mas, falando sério, acabei por enunciar algumas linhas na resposta ao comentário da Voz a 0 db :)
Beijinho