A braços com questões económico-sociais graves, o país defronta-se agora com o ruído inútil que tende a persistir a propósito de tudo e de nada, o qual, provavelmente, terá levado, com as devidas distâncias, Estrabão a escrever que existia por aqui "um povo que não se governa, nem se deixa governar" e que justifica textos actuais como o que podemos ler no Caderno de Saramago. Neste contexto, bem caracterizado por Raimundo Narciso no PuxaPalavra, apesar dos esclarecimentos de que dão nota Francisco Clamote no Terra dos Espantos e T.Mike no Vermelho Côr de Alface e da respectiva complexidade (leia-se o texto de JMCorreia Pinto no Politeia), as lutas intra-partidárias emergem como o centro do mundo político (leiam-se os textos de João Ricardo Vasconcelos no Activismo de Sofá, do autor do blogue com o seu próprio nome Pedro Santana Lopes e de João Moreira Pinto no 31 da Armada)... e enquanto alguns se interrogam sobre o sentido e o significado profundo subjacente à especulação que serve de pretexto a lógicas que se não parecem esgotar nos factos (leiam-se os textos de Ana Gomes no Causa Nossa, de João Magalhães no Câmara Corporativa e de Paulo Pedroso no Banco Corrido), surgem observações que vale a pena reter, apesar de pouco destacadas nos dias que correm (leia-se o texto de Rui Herbon no A Escada de Penrose, de Lopes Guerreiro no Alvitrando e de Adolfo Mesquita Nunes no Delito de Opinião).
Ana Paula, agradeço-lhe a inclusão no résumé da semana. Tempos difíceis estes.
ResponderEliminarTempos difíceis, Rui... tempos muitos difíceis... Abraço.
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