terça-feira, 6 de abril de 2010

De Olivença a Valença - entre Identidades e Pertenças... Nacionais!







Em Valença estão expostas, nas janelas dos cidadãos, bandeiras espanholas... este é, independentemente do que possam querer interpretar todos os poderes, relativizando o facto e considerando que se esgota no assinalar infantil de um protesto, um dos mais sérios sinais do estado de confiança das populações relativamente ao seu sentimento de pertença social ou seja, no caso em análise, territorial e cultural... em causa, está o encerramento do SAP, Serviço de Atendimento Permanente dos Serviços de Saúde para a população de uma localidade fronteiriça cuja alternativa de recurso, face à nova disposição legal, obriga a que as situações de urgência perfaçam pelo menos mais 80 kms de distância entre ir e voltar até chegar a um hospital com competências de socorro a vítimas. A agravar a situação e a legitimar os protestos está, naturalmente, a situação de localização fronteiriça de Valença que bem conhece, pela sua proximidade da localidade espanhola de Tui, a eficácia dos serviços de saúde espanhóis. A seriedade do problema encontra precedentes reflexos nas reacções da população raiana do sul, quer em Elvas aquando do encerramento dos serviços de maternidade locais que justificam os nascimentos em Badajoz dos últimos anos, quer em Barrancos pela falta de apoio nos serviços de proximidade de toda a ordem... para já não falar em Olivença, claro!!!!!! ... diz o povo que: "para bom entendedor, meia-palavra basta"!... contudo, ao que a realidade nos deixa percepcionar, nem a alusão alerta, esclarece ou serve... para prevenir e evitar a desagregação nacional que se sente fracturar pelas arestas menos mediáticas mas, provavelmente, mais sensíveis e dignas de consideração!... Sem discernimento político atempado e avisado, o futuro ditará o impacto político-social da negligência presente, de que Olivença foi, provavelmente, o mais evidente e próximo sinal! ... De Olivença a Valença, entre as questões da identidade e da pertença "de jure" e "de factu"... eis, no mínimo, mais uma "achega", pelo menos, para a reflexão política... nacional! - e, porque não, dizê-lo... europeia?!

10 comentários:

  1. É uma falta de carácter não dispor as coisas de modo adequado à concorrência na fronteira luso-espanhola. Não só a maternidade e o centro de saúde, mas também os impostos, a gasolina, os preços, a digamos dez ou vinte quilómetros da fronteira, deveriam não ser superiores em preço nem inferiores em qualidade aos do país vizinho.

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  2. Nas terras vizinhas da fronteira com Espanha, os preços, os impostos e os serviços deveriam não ser respectivamente superiores e inferiores aos oferecidos no estrangeiro. Se Espanha não fizesse o mesmo, os espanhóis que cá viessem. É estúpido o presente estado de coisas em nosso desfavor. Definiria uma pré-fronteira de equiparação financeira e fiscal a uns vinte ou trinta quilómetros da raia, que, no mínimo, não nos desfavorecesse.

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  3. Obrigado vbm :)
    Estas são, de facto, questões muito actuais e pertinentes... lamentavelmente, a agenda política e económica nacional não se preocupa com a gestão territorial de forma equitativa, inteligente ou sequer estratégica... aliás, outros exemplos gritantes desta incúria política são, por um lado, a negligência com que se pensam os problemas relativos à desertificação do interior e, por outro, o abandono a que são votadas as questões dos (des)equilíbrios demográficos... até quando?
    Um abraço.

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  4. Por acaso - mas sem surpresa - foi-me dado ler este magnífico postal (e conhecer o Blogue).
    É essa a questão: que estão a fazer (ou, talvez melhor, que estamos a fazer) a propósito de identidades, pertenças e coesão nacionais?
    E Olivença lá está: um aviso, um alerta, um teste. Que, como teste, parece que foi bem elucidativo da nossa indiferença para o tema da soberania...
    Resta uma centelha de esperança, quando tal situação ainda repugna a alguma parte da nossa intelectualidade.
    Cumprs. amigos,
    António Marques

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  5. FALANDO DE VALENÇA E OLIVENÇA
    Antes de mais nada, quero dizer o ÓBVIO sobre o caso de Valença, e que se segue.
    É, de facto, impressionante a cegueira das nossas autoridades no que toca a questões de
    soberania. Primeiro, foi a Maternidade de Elvas... o que priva portugueses de Direitos de
    Cidadania! Na verdade, se dentro de trinta e cinco anos um elvense quiser ser Presidente
    da República, NÃO O PODERÁ ser, por Não ter nascido em território nacional.
    Isto é uma estupidez!
    Por outro lado, Olivença... segundo as fontes espanhola... era, em 1801, uma cidade
    comparável a Badajoz (História da Extremadura Española, Col. Universidade da Extremadura,
    1996, mais ou menos). Hoje, tem dez mil habitantes, cerca de 65% do que tem Estremoz, que
    em 1801 tinha pouco mais de metade do que Olivença. Para além disso, a História, a
    Cultura, a Língua, foram apagadas ( e ainda são! Não se ensina aos oliventinos, na
    escola, NADA da sua História).
    A irresponsabilidade dos dirigentes portugueses, a sua falta de sentido de estado e de
    dignidade, parece não ter fim.
    Noto que, ao refrir Olivença em alguns "blogues", fui atacado, digamos assim, com San Félix de lios Gallegos e Ceuta Sobre Olivença...
    Ora francamente! São Félix dos Galegos foi cedida a Espanha nas "pazes" gerais de 1411; Ceuta foi cedida a Espanha em 1668, por tratado. Não são casos comparáveis a Olivença, que LEGALMENTE deveria ter sido reentregue a Portugal. Alguns dos meus antepassados tiveram de sair de lá...
    E, devo dizer, pasmo com o argumento "tempo". Depois de Duzentos anos está tudo resolvido... O que dizer de Gibraltar, ocupado há trezentos anos...
    Mais: este argumento permitiria que qualquer país ocupasse territórios vizinhos, mesmo de forma ilegal! Bastaria "aguentá-los" na sua posse durante...200 anos? Tudo ficaria "legal"?
    Sou pela amizade de Portugal e Espanha, mas como iguais. Não estou disposto a observar o que se passa em Olivença, isto é, em plena Democracia, a manutenção de um sistema de ensino que não informa os oliventinos, de uma toponímia colonialista, de apelidos falsificados.
    O Estado Português tem feito o que pode... e sem dúvida poderia e deveria fazer mais. Mas... como ir muito mais longe? Declarar uma Guerra? Só assim a Espanha respeitaria os Acordos Internacionais? Que dignidade mostraria Espanha dessa forma?
    Quero uma amizade Ibérica. Sem "rabos de palha". Situações dessas só servem para guardar ressentimentos. Calados quando é conveniente. Mas... Vêm ao de cimo à mínima dificuldade... e com violência! Olhe-se a Jugoslávia nos anos 1990!!!
    Carlos Luna carlosluna@iol.pt

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  6. Ainda sobre Valença... e esquecendo, se possível, um pouco, Olivença... quero chamar a atençaõ para alguns aspectos que muitas vezes são esquecidos por portugueses.
    Passeio muito pela Raia, principalmente na Extremadura (espanhola, necessariamente), e há coisas que ouço que deviam fazer pensar os políticos portugueses. É comum dizer-se (ouvi-o em Villanueva del Fresno) que as terras de frontera são a Sala de Visitas de Espanha, e que se deve dar um aspecto condizente. Vi, em 2005, em Rio d´Onor, uma terra dividida (mesmo!) entre Portugal e Espanha, os espanhóis do sítio (cerca de 30, contra 120 portugueses) afirmarem que, quando era preciso e havia problemas de saúde, um helicóptero militar de Sanabria os levava a Zamora. Note~se que o Hospital Distrital de Bragança está a 20 Quilómetros.
    Conheço terras no interior da Extremadura Espanhola, para os lados de La Serena, com muito poucas infra-estruturas. Será por não ficarem junto à raia e NÃO serem sala de visitas?
    As terras fronteiriças portuguesas, por vezes, além de se verem abandonadas, ainda fazem questão (e por vezes são ops autarcas a fazê-lo) de mostrar que são pobres, e de dizerem "do outro ladoo é que é bom".
    Perante um País (Espanha) que não brinca com questões de soberania, estas atitudes locais, associadas às atitudes irresponsáveis (até parecem propositadas!!!) do Governo Central, são verdadeiros suicídios de dignidade... e até existenciais!!!
    Carlos Luna carlosluna@iol.pt

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  7. VAALENÇA E OLIVENÇA (I)
    Começo pela comparação entre Valença e Olivença (depois falo só de Valença), já que eu conheço Olivença muito bem...
    Antes de mais nada, quero dizer o ÓBVIO sobre o caso de Valência, e que se segue.
    É, de facto, impressionante a cegueira das nossas autoridades no que toca a questões de
    soberania. Primeiro, foi a Maternidade de Elvas... o que priva portugueses de Direitos de
    Cidadania! Na verdade, se dentro de trinta e cinco anos um elvense quiser ser Presidente
    da República, NÃO O PODERÁ ser, por Não ter nascido em território nacional.
    Isto é uma estupidez!
    Por outro lado, Olivença... segundo as fontes espanhola... era, em 1801, uma cidade
    comparável a Badajoz (História da Extremadura Española, Col. Universidade da Extremadura,
    1996, mais ou menos). Hoje, tem dez mil habitantes, cerca de 65% do que tem Estremoz, que
    em 1801 tinha pouco mais de metade do que Olivença. Para além disso, a História, a
    Cultura, a Língua, foram apagadas ( e ainda são! Não se ensina aos oliventinos, na
    escola, NADA da sua História).
    A irresponsabilidade dos dirigentes portugueses, a sua falta de sentido de estado e de
    dignidade, parece não ter fim.
    Voltando a Valença , penso que falta em Portugal uma política minimamente coerente de dignidade nacional. Por exemplo, conheço bem a raia alentejo-extremadura, e fico estupefacto quando oiço os "alcaldes" (espanhóis, obviamente) das localidades fronteiriças dizerem-me que, estando as suas localidades a representar Espanha na fronteira, têm de ser "salas de visitas", e, portanto, estar bem cuidadas para não dar uma má impressão! Ora, do lado português, parece haver um cuidado extremo... mas, ao contrário, em mostrar e acentuar (aqui com a cumplicidade do Governo de Lisboa) o que é inferior, o que é mau, e em dizer, mesmo quando isso nem é assim, que "o lado espanhol é que é bom e desenvolvido". Isto é suicídio político e de dignidade, digamos assim.
    Por outro lado, sejamos objectivos! O "Alcalde" de Tui não deveria afirmar que vai abrir um centro de SAÚDE JÁ A PENSAR NOS PORTUGUESES! Isto parece querer dizer "nós pensámos nos pobrezinhos (coitados!) que são os desgraçados dos nossos vizinhos de Portugal". Vejo isso como uma forma de ingerência... mesmo porque sei que, se algum Presidente de Câmara Português tivesse um gesto semelhante para com uma localidade espanhola, logo a Imprensa espanhola reagiria com indignação a dizer que " espanhóis não precisam de esmolas", e "que os espanhóis resolvem os seus problemas sem recorrer a terceiros". Esta é a grande diferença entre governantes actuais dos dois maiores estados ibéricos (Andorra existe!). Os governantes portugueses nada estão a fazer por Valença. Governantes espanhóis, perante um caso similar, já teriam reagido... como o fizeram quando se içaram bandeiras portuguesas na Galiza, a propósito de uma questão desportiva.
    Já agora, eu estive em Rio d´Onor há cinco anos, e vi, na parte espanhola,, a disponibilidade de helicópteros militares espanhóis de P. Sanabria para levar doentes para Zamora... apesar de o Hospital de Bragança estar a vinte Quilómetros...
    Há realmente, repito, muita irresponsabilidade por parte das autoridades de Lisboa. Estas situações criam melindres e ressentimentos. Nada do que é necessário para uma saudável convivência entre Estados Ibéricos...

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  8. OLIVENÇA... AINDA!!!
    Ainda volto a Olivença...pois leio em blogues espanhóis a queixarem-se de que Portugal
    é ridículo nas suas reivindicações, e que acabaria por pedir São Félix dos Gallegos e
    Ceuta...francamente! São Félix dos Galegos foi cedida a Espanha nas "pazes" gerais de
    1411; Ceuta foi cedida a Espanha em 1668, por tratado. Não são casos comparáveis a
    Olivença, que LEGALMENTE deveria ter sido reentregue a Portugal. Alguns dos meus
    antepassados tiveram de sair de lá...
    E, devo dizer, pasmo com o argumento "tempo". Depois de Duzentos anos está tudo
    resolvido... O que dizer de Gibraltar, ocupado há trezentos anos...
    Mais: este argumento permitiria que qualquer país ocupasse territórios vizinhos, mesmo de
    forma ilegal! Bastaria "aguentá-los" na sua posse durante...200 anos? Tudo ficaria
    "legal"?
    Sou pela amizade de Portugal e Espanha, mas como iguais. Não estou disposto a observar o
    que se passa em Olivença, isto é, em plena Democracia, a manutenção de um sistema de
    ensino que não informa os oliventinos, de uma toponímia colonialista, de apelidos
    falsificados.
    O Estado Português tem feito o que pode... e sem dúvida poderia e deveria fazer mais.
    Mas... como ir muito mais longe? Declarar uma Guerra? Só assim a Espanha respeitaria os
    Acordos Internacionais? Que dignidade mostraria Espanha dessa forma?
    Quero uma amizade Ibérica. Sem "rabos de palha". Situações dessas só servem para guardar
    ressentimentos. Calados quando é conveniente. Mas... Vêm ao de cimo à mínima
    dificuldade... e com violência! Olhe-se a Jugoslávia nos anos 1990!!!
    Carlos Luna carlosluna@iol.pt

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  9. VALENÇA DO MINHO E AS ELITES PORTUGUESAS (2-Conclusão)
    Assim se chega a situações com a de Valença do Minho, com bandeiras espanholas içadas
    pelas populações. As elites aplaudirão ( "nós não dizíamos? Este povo não tem capacidade
    para sobreviver de forma independente; Portugal vai acabar..."), ou abanarão a cabeça com
    desgosto, e dirão: "Triste povo o nosso; nem patriotas são; isto só lá vai, mesmo, com
    uma ditadura".
    Afinal, os habitantes de Valença do Minho nem se apercebem que, com o seu protesto,
    estão a ajudar e a dar razão a quem lhes quer tirar direitos. Num País onde as elites
    mantêm uma das mais altas taxas de desigualdade social da Europa, e consideram isso
    natural, o povo, a eterna vítima, em vez de exigir uma melhor repartição de riqueza, em
    vez de lhes exigir que abdiquem do muito que têm para que os serviços básicos (saúde,
    educação) não sejam afectados, mas antes melhorados, os "populares" entregam a resolução
    do problema ao vizinho espanhol. Que alívio para essas mesmas elites... em que se
    incluem os políticos governamentais e muitos dos que os apoiam.
    Não me posso esquecer do encerramento da Maternidade de Elvas a favor de nascimentos
    em Badajoz. Um precedente perigoso. Quantas pessoas terão consciência DE que, daqui a
    trinta e poucos anos, nenhum elvense se poderá candidatar a Presidente da República por
    não ter nascido em Portugal, conforme determina a Constituição? Onde está a garantia, por
    parte do Estado, do direito de cidadania para toda a população? Quanto sentido de
    irresponsabilidade...
    Estas não são soluções. A sujeição a estranhos nunca foi solução. Como os portugueses
    compreenderam em 1383/85, ou 1640, ou em 1808. E fizeram as elites pagar pelos seus
    erros, pela sua cobardia, pela sua falta de patriotismo.
    Talvez seja altura de o Povo se assumir como elite de si próprio. Ou de vigiar mais
    atentamente, e de forma muito, mas muito mais exigente, quem dirige a sociedade.
    Eu preferia a primeira opção. Mas a segunda já pode ser um progresso.
    Valença do Minho e as bandeiras espanholas podem ser uma lição. Já chega uma Olivença,
    na qual se esmagou uma cultura, uma língua, uma história, e se deteve o progresso durante
    um século. Situação que as elites actuais, económicas, políticas, e culturais (ou
    intelectuais) evitam abordar. Ou de que troçam, muitas vezes por ignorância, outras vezes
    por comodismo.
    A República faz cem anos. Como republicano, aplaudo. Como cidadão, acuso quem nos
    governa de estar a matar essa mesma República, e com ela Portugal!!!
    Estremoz, 09 de Abril de 2010
    Carlos Eduardo da Cruz Luna

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  10. VALENÇA DO MINHO E AS ELITES PORTUGUESAS(1)
    As elites portuguesas têm um problema. Não confiam no povo de que são filhas. Lamentam
    o "baixo nível" do seu próprio povo. Nem sequer entendem que, agindo assim, e sendo elas
    por definição os "melhores" de entre o seu povo, e aqueles que, até certo ponto, devem
    dar o exemplo, estão a passar um atestado de incompetência a elas próprias.
    No fundo, as elites têm horror a misturar-se com o povo de que são filhas. E lamentam
    não viver noutro País, onde as populações não sejam tão rudes.
    Ao longo da História, as elites portuguesas têm metido os seus conterrâneos em
    aventuras de vários tipos... incluindo tentativas de se subordinarem ou unirem a outros
    Estados que não o Português. Estados onde, curiosamente, vivem populações bem menos
    acomodatícias que a portuguesa à tradicional prepotência dos "grandes" da Lusitânia.
    Curiosamente também, o povo português tem reagido, e destroçado as mesmas elites.
    Todavia, parece haver aqui um ciclo infinito. As novas elites que, após as muitas
    revoluções que Portugal conheceu, substituem as antigas, acabam por as imitar na forma
    como se vêem e vêem o seu povo. Em pouco tempo, os vícios ressurgem.
    Não me refiro apenas a nobres ou a burgueses. As elites intelectuais têm seguido o
    mesmo percurso. Volta e meia, temos os mesmos discursos descrentes e pessimistas. Foi
    assim no final do Século XIX, e de novo no início do século XX. A ditadura salazarista
    incompatibilizou estas elites com muitos aspectos da vida portuguesa.
    O mais curioso é que esta tendência se renova nos finais do século XX e começos do
    XXI. E é ver escritores (começando pelo genial Nobel Saramago, convencido de que a sua
    atitude é original...), de vários quadrantes, a lamentar não terem nascido num País maior
    e que lhes reconheça a sua "infinita grandeza" ( que marcha a par, demasiadas vezes com
    uma infinita presunção ), mas também economistas, grandes empresários, políticos, e,
    pior, governantes, a pronunciarem-se da mesma forma. Discretamente, neste último caso,
    claro. Mas com muita eficácia.
    Durante séculos, o povo rude ficava longe destes procedimemtos. Todavia, e felizmente,
    a instrução popular tem progredido. As elites são agora mais imitadas, mais ouvidas, ou
    desprezadas com maiores conhecimentos. Instintivamente, o povo revê-se até na
    mediocridade das mesmas elites. Para sua desgraça.
    (continua)

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