Manuel Alegre denunciou o carácter demagógico e populista que, na campanha de Cavaco Silva, sobe de tom ao ponto de chegar ao ridículo recurso de exemplificar com a pensão da mulher, a situação dos pensionistas... o mais caricato e profundamente reaccionário destas declarações de Cavaco Silva foi, como referiu Manuel Alegre, o facto de ainda ter dito que a mulher, por ter uma reforma tão pequena, depende dele, a quem, de acordo com as suas palavras cabe o papel de a proteger... porque, apesar de toda a solidariedade que é suposta entre os membros dos agregados familiares, a declaração de Cavaco Silva devolveu as mulheres à dependência masculina num apelo tradicionalista, piegas e patético que se não adequa, de modo algum, com a imagem de uma democracia moderna, promotora de igualdade de oportunidades e de género.
(Também publicado no Alegro Pianissimo)
As agências, os consultores e outros doutos senhores, analisando o povo português recomendaram o uso de um discurso tradicionalista, piegas e patético. Cavaco segue o conselho e faz tal discurso sem esforço de teatralização: sai-lhe genuíno, como um hino ao passado... e o povo irá reagir confortado?
ResponderEliminarNão há distrações, o homem tem competencias a dar-lhe saberes. Pobre povo...
Perfeito, Ana Paula,
ResponderEliminarUm abraço.
Um pavor!
ResponderEliminarA culpa pode ser do povo(léu)
mas minha não é.
Ando agradado com o discurso,
a denúncia, as palavras
e o desassombro de
Defensor Moura.
Pelo menos,
numa primeira volta,
inclino-me a preferi-lo!
Portugal precisa de se refundar em homens novos. Nem Cavaco, nem Alegre, nem Moura...talvez um Nobre, um Coelho ou um Lopes!O que eu mesmo ambicionava era uma democracia directa, verdadeira, muito ao estilo da Constituição Suíça ou da Democracia Americana de múltiplos escrutínios.
ResponderEliminarSaravah,Minha Amiga :))
ResponderEliminarCompletamente de acordo.
...olha se este Senhor renasce outra vez?!...atenção ás toxicodependências!...
Abraço e raio de luz
M.José