domingo, 30 de janeiro de 2011

Participação Político-Partidária Portuguesa...


... reuniu hoje, em Lisboa, a Comissão Nacional do Partido Socialista cujo principal objectivo foi, além da análise da situação política nacional e dos resultados das eleições presidenciais, marcar a data das próximas eleições internas do PS. A recandidatura de José Sócrates reconfirma-se, sendo já conhecida a direcção da sua campanha. Entre silêncios e cortesias, as excepções protocolares da comunicação com os jornalistas foram de Almeida Santos e Francisco Assis, para desdramatizar o discurso da vitória eleitoral de Cavaco Silva... e de Ana Gomes que assinalou a necessidade do Partido Socialista ser "exigente, crítico e vigilante" em relação à governação. A eurodeputada e diplomata acrescentou que, apesar disso, dada a situação político-económica nacional, é natural que o Congresso a reunir em Abril e em que será realizado o referido acto eleitoral, seja o da reeleição de José Sócrates - apesar de, em democracia, ser sempre desejável que apareçam várias candidaturas... A sensação com que se fica é a de que a livre participação político-partidária e o debate político aberto e sério ficaram à margem do evento, sendo, potencialmente, remetidos para a realização do Forum Novas Fronteiras, previsto para 20 de Fevereiro... seria bom para a sociedade portuguesa que a abertura do forum à participação fosse um facto, ao invés de se manter como um palco onde desfilam as comunicações dos históricos e previsíveis interlocutores "de serviço"... para que a sociedade se aproxime da política e não continue a ter motivos para persistir no afastamento de um modelo político cada vez menos representativo e, obviamente!, menos participado.

4 comentários:

  1. Cara Ana Paula Fitas
    Como já deve ter dado para perceber, embora independente (tive militância partidária que chegue e desilusões tambem) há largos anos que concluí que era no PS que havia gente, história e objectivos para pôr Portugal no rumo certo. Afastado das lides partidárias e da forma como se chega a lugares cimeiros, nos ultimos tempos procurei Perceber melhor. O conteudo do seu post de hoje mostra. Não se escolhem os melhores. Já estão escolhidos à partida. Quanto a mim não são de facto os melhores e tambem não aceito a tese de que são os possíveis.
    Abraço
    Rodrigo

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  2. Que não se repitem coisas que já vimos, não é?

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  3. Rodrigo,
    É uma honra ter aqui o seu testemunho e a firme convicção analítica de quem conhece bem os meandros das organizações que, enquanto não perceberem o interesse público da sua auto-renovação interna, não serão, de facto, os motores do desenvolvimento. Esperemos que o percebam a tempo!
    Obrigado, Rodrigo!
    Um grande abraço.

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  4. Rogério,
    ... há repetições que, verdadeiramente!, dispensamos, não é?
    Abraço.

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