terça-feira, 24 de maio de 2011

Ao Segundo Dia...



... nada ou pouco mais que uma repetição, distraída e empolgada pelo grau de mobilização que cada máquina partidária consegue... é pouco! É pouco para os tempos que correm, difíceis!, e em que todos reconhecemos o grau de interdependências de que não podemos alhear-nos: europeias e internacionais, económicas e políticas, internas e externas... Contudo, ninguém as evoca, ninguém as explica, interpreta ou apresenta formas próprias de as pensar e, menos ainda, de as enfrentar no futuro próximo... nem às interdependências, nem aos investimentos internos de que carecemos para, enfim!, começarmos a vislumbrar a criação de condições que nos permitirão a autonomia razoável e suficiente para sobrevivermos como país, sem condenarmos definitivamente ao empobrecimento as populações e as próximas gerações. Num tempo em que, do Magrebe à vizinha Espanha, os jovens se sentam pacificamente no espaço público em sinal de protesto e reivindicação de mudanças estruturais e em que a direita ganha terreno numa Europa cujos desafios actuais não encontram respostas de esquerda capazes de mobilizar o eleitorado, reduzir a campanha ao adversário mais próximo é empobrecer a margem de conquista de cidadãos que insistem em acreditar que a mudança é possível... e se há princípios éticos e políticos que ainda podemos reconhecer em parte dos discursos que PS, PCP e BE, seria fundamental explicitá-los e desenvolver o que deles supomos ser possível extrair para, efectiva e operativamente, melhorarmos a vida das pessoas e consolidarmos a economia!... para que o desalento não vença e a esperança não fuja...

3 comentários:

  1. Se olhar para algumas contas e perceber que não sobra nada para na economia injectar (e é "tudo" a cortar), que fazer?

    Já leu o memorando? E o que disse ontem o Teixeira dos Santos ("O próximo governo não terá tempo para se sentar")?

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  2. Não me leve a mal. Mas gostava de ter visto da parte de alguém com a sua seriedade intelectual uma nota sobre a ridícula mobilização de imigrantes sem direito de voto para compôr a (sua) praça do Giraldo. Não vale tudo na caça ao voto, e todos sabemos que de frigoríficos a camionetas muito se tentou já. Mas mobilizar pessoas em situação de debilidade social extrema, em troca de merendas e acenando com putativas concessões de vistos de residência parece-me desproporcionado.

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  3. Esta campanham valem pelo que valem e pelo cunho que a imprensa faz delas.
    A imprensa parece sempre mais interessada em entrar por dentro das guerras partidárias e explorá-las negativamente.

    Ideias claras para um futuro melhor não há e aí todos enfermam da mesma doença........

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