... independentemente da manipulação a que pensam poder sujeitar a opinião pública. A
tracking pool (sistema de sondagens diárias cumulativas que tem vindo a ser utilizado pela comunicação social em relação às próximas eleições) denota uma persistência inequívoca e interessante que deixa tudo em aberto, relativamente ao resultado de dia 5: a colagem de resultados previstos para os 2 maiores partidos portugueses, PS e PSD (ver
aqui). O facto é particularmente interessante não só por denotar que a oposição ao PS não conseguiu, até ao momento, vencer a confiança que apesar de tudo o eleitorado deposita no Governo de José Sócrates. Um estudo atento dos acontecimentos que rodearam a governação ao longo dos últimos seis anos e a gravidade da actual situação económico-financeira do país, demonstra que os portugueses acreditam que o governo fez o melhor que lhe foi possível e que nenhum outro partido garante à sociedade portuguesa melhor actuação do que a foi experimentada pelos cidadãos. E se esta convicção decorre, por um lado, dos bons resultados no combate ao défice que Portugal alcançou nos primeiros anos de gestão política de José Sócrates contra "
ventos e correntes" (designadamente evidenciados na série de "
casos" não provados de que o Primeiro-Ministro foi vítima), por outro lado, a posição do Governo em rejeitar recorrer à ajuda externa até o PSD o ter forçado a tal, constituem o argumentário da confiança que, apesar de todas as críticas, continua a dar ao PS os resultados que as sondagens reflectem... o que se torna ainda mais interessante quando se assiste a uma constante indução de juízos negativos na apresentação das reportagens de campanha por parte de alguns jornalistas, muitos dos quais até há pouco relativamente insuspeitos de parcialidade!... Afinal de contas, a realidade é o que é e não o que cada um retira do seio dos seus anseios corporativos ou egocêntricos... por isso, seja qual for o resultado destas eleições, a verdade é que, felizmente!, em democracia, para o bem e para o mal, o povo é quem mais ordena!
(Nota: a fotografia inicial com que este post estava ilustrado foi substituída por ter sido inserida fora de contexto!)
Penso e julgo Sócrates como o fazes neste teu postal. Por mais que queiram fazer esquecer como se comportaram na oposição, a realidade foi o achincalhamento constante do 1º ministro numa perseguição pessoal da comunicação social e do sistema judicial sem nunca formularem uma acusação formal. Mesquinhez traiçoeira foi sempre o modus faciendi da direita reaccionária. De qualquer modo, eu censuro politicamente Sócrates de ter sido irrealista na percepção de como a crise internacional iria afectar o País, não tendo tido a agilidade de tomar medidas de correcção muito mais cedo. Isto deve-se também muito à falta de poder dos ministros das Finanças, que ficam à mercê das exigências anárquicas de despesa dos restantes ministérios e ao eleitoralismo a que os primeiros ministros têm de submeter-se para renovação dos mandatos... É talvez inevitável num sistema de eleições, mas devia haver acordos interpratidários para objectivos políticos, económicos e ecológicos de longo prazo.
ResponderEliminarMuito obrigado, Vasco... é fundamental manter desperto o discernimento e não proceder omitindo e obliterando os factos com o mero objectivo de adaptar a realidade ao interesse próprio. É, por isso, um grande contributo o que aqui partilhas e eu, subscrevendo-o, agradeço.
ResponderEliminarBem-hajas!
Um grande abraço com a admiração, o respeito e a amizade que, sinceramente, a tua honestidade e frontalidade avisada e justa me merece.
Amiga :))
ResponderEliminar“O sonho tem muitas formas de se cumprir”
Manuel Freire
Sopro de Esperança e beijo
M.José
Tantas formas tem o sonho de se cumprir, querida amiga, que de alguma se cumprirá... e essa será, por certo, a mais perfeita de todas por ser real e por ser nossa :)
ResponderEliminarSopro de reciprocidade sentida :)