sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Leituras Cruzadas - Especial - Eleições Presidenciais

Hoje, em Coimbra, Manuel Alegre janta com apoiantes e conta com a presença de António Arnaut, personalidade incontestada da democracia portuguesa e responsável pela criação do Serviço Nacional de Saúde. Entretanto, Fernando Nobre, mais ou menos na mesma altura, anuncia a sua candidatura no Padrão dos Descobrimentos. Independentemente do texto que, há já alguns dias, aqui escrevi e cujo teor continuo, naturalmente! a subscrever, a controvérsia que o anúncio desta última candidatura suscitou, merece a nossa melhor atenção. A Presidência da República não é um cargo simbólico designadamente porque, como sabemos, o nosso sistema político se aproxima do conhecido modelo semi-presidencialista (atente-se apenas no facto do PR ter o poder, no âmbito das suas competências, de dissolução da Assembleia da República apesar da sua eleição por sufrágio universal directo)... e se mais não fosse, esta é uma razão essencial para debater, com seriedade e sentido de responsabilidade, o problema. Na minha opinião, está, de novo, "na mesa" e em causa, o interesse nacional. Sugiro, por tudo isto e por tudo o mais que ainda está por discutir, a título de informação e de contributo para a reflexão, as seguintes leituras cruzadas:
O nosso Mahatma - Rui Bebiano in A Terceira Noite
Não há Duas sem Oito e Nobreza? - João Rodrigues in Arrastão
Confirma-se o Azul e Branco em Belém - Nuno Castel-Branco in Aventar
A Coroação do Presidente - Sérgio Lavos in Arrastão
As Presidenciais e a Esquerda - João Abel de Freitas in PuxaPalavra
O Candidato Válvula de Escape - Ferreira-Pinto in Abirritante
A Propósito de Fernando Nobre - Valupi in Aspirina B
Presidenciais -Fernando Cardoso in Ayappa Express
As Faces de Janus - Bruno Sena Martins in Arrastão
Para Mais Tarde Recordar - Joana Lopes in Entre as Brumas da Memória
E a Lebre Chama-se - João Tunes in Água Lisa
As Primeiras Razões porque Não Apoio o Dr. Fernando Nobre - T.Mike in Vermelho Côr de Alface (introduzido às 22.55h)
Axioma - Rui Herbon in Jugular (introduzido às 23.11h)
Manobras Presidenciais - Eduardo Graça in Absorto (introduzido às primeiras horas do dia seguinte ao da publicação inicial deste Leituras Cruzadas)
Nobre é o Spam quando vem da Causa Monárquica - João Tunes in Água Lisa (introduzido às últimas horas do dia seguinte ao da publicação inicial deste post).

9 comentários:

  1. Ana Paula,
    Vai dar muito trabalho porque o populismo é uma forma fácil de arrebanhar eleitores.
    Há que ter os pés bem assentes no chão e na política.
    Já escrevi, hoje, sobre as minhas primeiras razões, e são de fundo, para não votar no Dr. Fernando Nobre.
    Aliás, como já deve ter reparado, não gosto de regeneradores. Cheira-me a bafio.
    Vamos ver com corre o tempo.
    Um abraço.

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  2. Permita, em primeiro lugar, que agradeça o ter-me colocado com tão ilustres companhias e onde certamente serão muito mais proveitosas as leituras.
    Quanto à questão presidencial, Fernando Nobre poderá ser um candidato com defeitos mil (e tê-los-á certamente) mas representa, para já, a tal válvula de escape para quem não querendo abdicar do exercício da cidadania não se entusiasma nem por Manuel Alegre (candidato anunciado) nem por Cavaco (candidato adivinhado).
    A escolha é salutar, principlamente em democracia e não deve tolher ninguém!
    Não creio na veia populista antecipada pelo Miguel Gomes Coelho até porque o anunciado candidato revelou, com Miguel Sousa Tavares, evidentes e notórias debilidades comunicativas que o colocam a léguas de distância do traquejo de alguns dos nossos populistas. Notei-lhe também um tom de voz a léguas do de Aegre e isso é outro defeito em campanha.
    E, sejamos claros, há candidatos que podem vencer sem os partidos mas não sem uma campanha organizada e onde eles próprios usem as técnicas à disposição.

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  3. Caros Amigos e Leitores,
    Os 3 comentários aqui apagados resultaram de um problema técnico já resolvido e o seu teor não era substancial, consistindo apenas na explicação do mesmo e que, agora, já se não justifica.
    Obrigado pela vossa compreensão.

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  4. T.Mike,
    O populismo é, como diz, uma forma fácil de "arrebanhar" eleitores... o pior, porque, como também diz, "Há que ter os pés bem assentes no chão e na política" é que o populismo gratuito não tem objectivos para além da sua própria manifestação e pode ter consequências graves quando está em causa a causa pública, a saber o país... e a luta contra o populismo não é fácil porque é muito difícil convencer quem acredita, que as suas convicções podem não ser o caminho mais adequado à aproximação dos seus objectivos...
    Um grande abraço.
    Um abraço.

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  5. Caro Ferreira-Pinto,
    Sou eu que agradeço por poder trazer à reflexão a sua análise concreta de uma prestação inicial de campanha e, os seus textos que, como também o comentário a que aqui respondo, são úteis ao pensar os factos e as representações que deles vamos fazendo. Se me permite, penso que o termo "populista" que o Miguel evocou, se reporta à referência a considerações gerais de todos conhecidas e que, exactamente por isso, conseguem a simpatia popular, correndo sérios riscos de se esgotar nesse propósito... veremos!
    Um abraço.

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  6. acaciobaratalima@tvtel.pt22 de fevereiro de 2010 às 19:42

    DIAS PASSADOS, NO SEU TEXTO, QUE VOLTA A CITAR, “ DAS CAUSAS E FUNÇÔES CÍVICAS E ..........- PRESIDENCIAIS” DEIXAVA A PORTA ABERTA PARA UMA REFLEXÃO SOBRE O PERFIL DE UM CANDIATO A PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
    ENVIO-LHE UMA MINHA ABORDAGEM, QUE REMETI A AMIGOS. ESTÁ ABAIXO
    _____________________________________________
    De: ACÁCIO LIMA
    Enviada em: segunda-feira, 22 de Fevereiro de 2010 13:50
    Para: A C M M; A D; H V; P PED; P A S
    Assunto: NOTAS SOBRE O PERFIL DO CANDIDATO A PRESIDENTE DA REPÚBLICA

    Há muito que se impõe reflectir sobre o perfil que se deseja encontrar num Candidato a Presidente da República.

    Fui conduzido às seguintes notas, a complementar, a outro nível de abstração, num novo texto.

    Assim:

    01- O Candidato deve posicionar-se no terreno do apoio e incentivo ao reforço das “Liberdades, Direitos, Garantias, Individuais”.

    02- O Candidato deve posicionar-se no campo dos que adoptam uma crítica radical à Doutrina Corporativa, legado do anterior regime, não pactuando com os resquícios, ainda patentes na legislação e na mente de muitos.

    03- O Candidato deve posicionar-se com um claro entendimento de que o combate à pobreza e à descriminação social exige Fundos enormes, para poder ser eficaz, e que tal passa por um importante acréscimo dos EXCEDENTES gerados pela actividade económica. Daí decorre, que deverá estar receptivo a apoiar e a incentivar todas as medidas que conduzam a tal, medidas necessáriamente incrementando a Produtividade e a Competitividade. Medidas correntes nos demais países da União Europeia, espaço onde estamos inseridos.

    04- O Candidato deve ter um claro entendimento sobre as alterações registadas no Modo de Produção desde os anos 60/70 até ao momento, embora se reconheça que tal Modo de Produção, permanece capitalista, onde o Mercado persiste em ser o principal Macro Regulador. Terá de concluir que os Modelos Sociais, vigentes na época, deixaram de ser sustentados, e urge imaginar outros mais adequados às novas circunstâncias. Terá de acarinhar um processo de Regulação avançado.

    05- O Candidato, para tal, deve bem anotar, que a Divisão do Trabalho, e em particular a Divisão Internacional do Trabalho, se alterou, que o ritmo acelerado do Avanço Técnico e do Avanço Tecnológico, ditou um salto qualitativo no Modo de Produção, e na Sociedade, que a entrada maciça dos Mulheres, no “Mercado do Trabalho” engendrou novas necessidades nas famílias, a cobrir pelas instancias colectivas, pela Educação Pública, que a extrema mobilidade das populações é um facto, bem visível nos engrossados processos migratórios, e deverá estar atento, e extrair as ilações devidas, das alterações na Superestrutura da Sociedade. Enfim o Modo de Produção mudou e, em conformidade, os Modelos Sociais terão de ser adaptados às mudanças objectivas e subjectivas operadas.

    06- O Candidato terá que ter uma rigorosa percepção da acrescida interdependência entre as diversas economias, os diversos países e os diversos povos. Daí que deverá estar disponível e incentivar o avanço do longo e complexo processo de construção da União Europeia largando concepções vestustas de nacionalismos,de soberanismos tacanhos e visões de patrioteirismo provincianas. A União Europeia é um patamar importante para a construção de uma alternativa global à actual Globalização e é um foro indispensável à luta pela Paz e pela Segurança Mundiais.

    07- O Candidato deve ter já dado provas de que aceita, sem reservas, o regime Semi- Presidencialista, e não pretende ver alargados os poderes do Presidente.

    08- O Candidato deve já ter demonstrado, na sua intervenção pública, que não promoveu nem promoverá a menorização da DEMOCRACIA REPRESENTATIVA, em circunstância alguma.

    UM ABRAÇO DO
    ACÁCIO
    ACÁCIO LIMA
    ENGENHEIRO MECÂNICO E CONSULTOR TÉCNICO-COMERCIAL
    R. da Natária, 88 – 1F
    4250-324 Porto
    968957783
    acaciobaratalima@tvtel.pt

    PENSO ESTARMOS DISTANTES, AINDA, DE UM CANDIDATO COM O PERFIL QUE ADVOGO. MAS LÁ CHEGAREMOS....-

    COM CORDIALIDADE E AFABILIDADE, SAUDAÇÕES DEMOCRÁTICAS E REPUBLICANAS

    ACÁCIO LIMA

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