sábado, 21 de maio de 2011

Alandroal - Descentralização da Cultura


... foi ontem, no âmbito da divulgação do projecto de requalificação urbana do Castelo de Alandroal, que, num cenário valorizador do património arquitectónico, assisti a um acontecimento cultural notável, testemunho inequívoco de que a qualidade cultural pode ocorrer no interior do país silenciado e invisível que somos... à excelência multidimensional do momento, Mário Laginha chamou "milagre"... Preencheram a noite, num espaço público confortável protegido da brisa pelas muralhas que aconchegavam o som e lhe conferiam uma acústica nítida e envolvente, o piano encantatório de Mário Laginha e os Aduf - dois expoentes de primeira qualidade da melhor música produzida, contemporaneamente, em Portugal. Está de parabéns o Alentejo profundo, a Câmara de Alandroal e uma população que encheu o espaço preparado para o efeito e se deixou envolver até ao limite, pela beleza e a contagiante bondade que irradiou, mágica, de um concerto inexcedível.
A título de ilustração, ficam aqui, partilhados, dois dos temas que lá se tocaram e encantaram: "A Quantas Ando" dos Aduf e "Fado" de Mário Laginha.

8 comentários:

  1. Olá, Minha Amiga,
    ...espero que tenhas chegado " em bom estado "! :-))
    Tal como dizes, é sem dúvida reconfortante ter no Alentejo um espectáculo desta qualidade! Não sei a quem se deve este rasgo de "inteligência e bom gosto" mas isso é de só menos importância pois mostra que mesmo no Alentejo profundo e esquecido, a cultura é valorizada e o Povo está vivo :-))
    Obrigado pela tua presença... pk enriqueceu a dimensão do acontecimento, e (pra quem não sabe) coisas que podem ser pequenos pormenores fazem muita diferença :-)
    Aquele Abraço Quente deste Alentejo (que te viu nascer) :-))
    Beijos
    Beatriz Fitas

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  2. Olá Beatriz :))
    Sim, em "bom estado" apesar de um cansaço enorme... mas, valeu a pena!... Valeu mesmo! Tens razão em tudo o que dizes e é por isso mesmo que todos os kilómetros "encaixados" numa agenda já de si sobrecarregada (há alturas em que o ritmo é tranquilo e outras há em que tudo se sobrepõe!), cansem fisicamente, a compensação interior relativiza todo o esforço que, por essa via, se tranforma em prazer e uma profunda alegria. Foi comovente, tocante e extraordinariamente gratificante sentir que não há crise que nos arrase :)) e que a beleza e o bem-estar têm sempre um lugar na imensa disponibilidade do sentir... Sou eu, minha querida amiga, quem agradece o convite e a partilha! Sinceramente!
    Um grande Abraço com esse Calor que emana, sempre, do nosso Alentejo :))
    Beijos

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  3. Posso fazer cópia para o Poet'anarquista?

    Moura encantada surgiu no Alandro...
    Harmoniosa cantou «A Quantas Ando»!

    De um seu admirador secreto...

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  4. Olá Poeta :))
    ... claro que podes fazer cópia para o Poet'Anarquista!... é um gosto e uma honra!
    ... e obrigado pelas tuas palavras, tão generosas e belas como só um Poeta pode escrever!
    Beijos

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  5. Caríssima APF


    Como deve ter sentido,cumprimentámo-nos no escuro luminoso daquela noite de sexta-feira tendo como pano de fundo a música de Mário Laginha.Estávamos lá para ouvir.Não para falar.
    A música envolveu-nos de tal maneira que fomos demasiado rápidos na saudação.Ainda bem.
    E
    antes assim porque quero, de imediato, estar de acordo com o que a APF diz: o espectáculo foi magnifico. O ambiente adequado.O tempo estava bom.A noite suave.A envolvência muito boa.A assistência,carago.Musicalmente sempre atenta.
    O Mário Laginha qual rei do piano pôde gaguejar à vontade.É musico não é falante. Mas, o que disse e enquanto o disse, é que estava a viver no Alandroal um momento maravilha. Modéstia à parte, terá sido o que todos e de todas as teclas estávamos também ali a querer sentir?
    E só para ouvir aquelas palavras,e as suas construções músicais,valeu a pena termos estado lá entre muralhas,na nossa terra e entre a nossa gente.O mesmo diria da ADUf/Menina Basca.

    Valeu APF?
    Valeu-Nos.Assim haja mais Castelo e mais espectáculos daqueles,porque estaremos sempre lá.

    APF,ANB,Beatriz não acha(m) que é o que devemos esperar de nós próprios?

    ANB

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  6. Carissimo ANB,
    Perante tão belo e sentido testemunho, resta-me sorrir e unir às suas as minhas palavras e o meu sentir, respondendo à interrogação que nos deixa: sim, ANB, é isso que devemos esperar de nós próprios... "assim haja mais Castelo"!
    Um grande abraço.

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  7. ... quase lá!...

    “Pudesse eu não ter laços nem limites
    Oh vida de mil faces transbordantes
    P'ra poder responder aos teus convites
    Suspensos na surpresa dos instantes.”
    Sophia de Mello Breyner

    Grande Abraço :)))
    M.José

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  8. Minha Querida Amiga :))
    Que magnífica escolha fizeste para ilustrar esta evocação!!! Obrigado... este é o Poema que podia ser a senha de entrada nos mais belos acontecimentos do mundo...
    Beijos

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