sábado, 28 de maio de 2011

Soluções Económicas para uma Crise que não é Fatal...

Acabei de chegar e ao ligar a televisão, encontrei no "Expresso da Meia-Noite" da SIC-N um painel de comentadores, economistas e gestores menos conhecidos do grande público mas que, de facto!, vale muito a pena ouvir. Destaco a excelência da intervenção de Alberto da Ponte, CEO da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, cujo nível analítico não é comum encontrar no nosso país... e há razões muito claras que justificam este destaque: é que, ao contrário do que estamos habituados a ouvir, a mensagem é a da viabilidade económica do país, a oportunidade de se aproveitar o actual quadro económico-financeiro disponibilizado pelo acordo materializado no Memorandum -dito da troika mas que, é, afinal!, como bem disse Alberto da Ponte, de Portugal- negociado "o melhor que pode" pelo Governo e assinado pelos 3 partidos que dele se não podem desvincular. Num raciocínio consistente, Alberto da Ponte afirmou o aumento das exportações e a necessidade de definição de uma estratégia de intervenção nos mercados externos, como condições necessárias ao crescimento e à competitividade prevista no próprio Memorandum... e deu exemplos muitos concretos que obtiveram a concordância dos restantes interlocutores (o Presidente da Sociedade Vila Galé deu o exemplo de como o sector turístico optou por investir em produtos como o vinho, o azeite e agora, a fruta a desenvolver no Alentejo, denotando a natureza viável da nossa competitividade) de que vale a pena destacar o investimento na agricultura e na estratégia de consumo interno de produtos com forte incorporação de matéria nacional... sim, a crise tem solução e é preciso ouvir quem conhece os mercados e quem tem ideias que podem ser soluções... A desesperança e o discurso deprimente e deprimido são o nosso pior inimigo... como bem disse Alberto da Ponte, do que se trata é de cumprirmos os compromissos acordados no Memorandum, cujo incumprimento, disse, com consciência!, nos condenará a 20 ou 30 anos de pobreza. Perante isto, ou deixamos "cair os braços" e aguardamos o cenário da pobreza de médio e longo prazo previsíveis... ou erguemos os braços e... vamos à luta!... é difícil? É!... mas, como diz a sabedoria popular: "nada se faz sem trabalho" e ninguém nos educou na convicção de que a vida é fácil!   

8 comentários:

  1. Vou levar, Ana Paula.
    Estou tão farto da miséria desta campanha que o seu texto me provocou uma sensação de alívio.
    Um abraço.

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  2. Também estou persuadido que podemos recuperar e pagar o que devemos se assumirmos um conjunto de medidas apropriadas a mudar várias coisas, singularmente, favorecermos a produção interna que substitua importações; tributarmos consumos dispensáveis - p.e., leite c/ chocolate, prejudicial para a saúde! :) -; incentivarmos as oficinas de mecânica a instalarem nos automóveis , baterias eléctricas recarregáveis, reduzindo assim o consumo de combustível a menos de metade do nível actual... e há muitas outras medidas revolucionárias que nos permitiriam mudar de vida, pois sem dúvida a maioria dos bens comercializados não valem e não servem para nada, só poluem e enriquecem esses que vendem gato por lebre. O desemprego será absorvido com a maior mobilidade territorial e sectorial da mão-de-obra que há-de permitir satisfazer a procura de trabalho induzida pelo investimento requerido nas novas actividades de produção que surgirão com a renovação da confiança.

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  3. Olá Miguel :))
    ... se puder tente rever o Expresso da Meia-Noite... faz-nos bem ouvir quem sabe do que fala, acender-nos, com serenidade a esperança -apesar da tétrica insistência dos jornalistas em reforçar o sentimento depressivo... pfff!... é muito triste que os profissionais insistam em configurar a informação à luz das suas tristes convicções - com as quais -pasme-se!- parecem regozijar-se!... por tudo isto, ainda bem que levou esta nota de reforço da nossa auto-confiança e auto-estima!
    Um beijinho

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  4. Obrigado, Vasco, pelas boas ideias que aqui partilha e que as pessoas se esquecem de equacionar e praticar em consequência de um consumismo acrítico a que os mercados nos habituaram para seu enriquecimento e mecanizado pagamento :)))
    Bem-haja pela lucidez tranquila :))
    Um beijinho

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  5. "Destaco a excelência da intervenção de Alberto da Ponte, CEO da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, cujo nível analítico não é comum encontrar no nosso país... e há razões muito claras que justificam este destaque: é que, ao contrário do que estamos habituados a ouvir, a mensagem é a da viabilidade económica do país, a oportunidade de se aproveitar o actual quadro económico-financeiro disponibilizado pelo acordo materializado no Memorandum dito da troika mas que, é, afinal!, como bem disse Alberto da Ponte, de Portugal, negociado "o melhor que pode" pelo Governo e assinado pelos 3 partidos que dele se não podem desvincular." Os 3 serão governo e regressados ao "bom-senso" e à qualificação de bom acordo que se passe à prática DO PLANEADO... no caminho lento (?) para a derrocada. A culpa do eventual incumprimento será também consta do plano... se não me engano.

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  6. Olá Rogério :)
    ... sim, no MEMORANDUM também se prevê o impacto do incumprimento mas a questão que é preciso ter em atenção é que se não resume tudo a esse cenário e é apenas esse o que todos se regozijam em comentar e acenturar... é verdade que a situaçao é complexa e difícil mas, não nos adianta ficar a chorar sobre "o leite derramado" e se há alternativas que podem ajudar a evitar o pior temos que recorrer a esses instrumentos e tentar... tentar sempre!
    Um abraço.

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  7. Quem mexeu no meu queijo? Livro de Spencer Johnson.
    http://vimeo.com/19178077

    ... vamos lá parar de choramingar!! e descobrir soluções...

    Abraço circular
    M.José

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  8. Vou ver o link do "Quem mexeu no meu queijo?" porque, recomendado por ti, promete :))
    ... e sim, querida amiga, é disso que se trata: parar de choramingar e deitar mão ao futuro, inventando e planeando as soluções que sempre teremos a capacidade de construir - ou não fosse isso que caracteriza a condição humana!
    Abraço circular com energia e confiança :)

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