As representações sociais são particularmente interessantes por evidenciarem, muitas vezes, dimensões do "não-dito", induzido, dissimulado ou inconsciente... é o caso da mais recente, infeliz e desnecessária exposição política do PS que não pode deixar de levantar dúvidas sobre o que pensam das mulheres, os defensores da paridade... de facto, depois da escolha de Joana Amaral Dias para mandatária de Mário Soares, é caso para pensar que um erro repetido é mais do que uma simples coincidência... No brevissimo post de Pedro Correia no Delito de Opinião, os comentários, dão uma ideia do que pensam os portugueses que não acreditam que o mérito resida na "fashion" ou no nome de família... de facto, a nomeação para mandatária da juventude, de uma pessoa que se pronuncia de um tal modo sobre a vida que dá a sensação de pertencer a um filme do tipo "Ironia e Mau-Gosto", merece, no mínimo, ser interpelada como o faz Sofia Loureiro dos Santos no Defender o Quadrado. Quando se pensa, dada a proximidade eleitoral, estar em causa o futuro da governação nacional e se assiste ao desenvolver de estratégias que justificam análises como a que Paulo Pedroso enuncia no Banco Corrido ou a que Valupi descreve no Aspirina B, sendo certo que, por razões a que alude o texto de Rui Paulo Figueiredo no Câmara dos Comuns, há um silêncio bilioso que espreita em busca de fragilidades para se aproveitar, maquiavelicamente, do que António Manuel Venda ilustra no Floresta do Sul é, convenhamos!, confrangedora esta "inutilidade" de última hora que, por uma daquelas complexas associações de ideias que podem até levar-nos a pensar no absurdo, me faz evocar as palavras de Miguel Vale de Almeida no Os Tempos que Correm.
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