O apoio de Pina Moura ao programa do PSD não deve surpreender ninguém. Pina Moura veio assumir o que já de há muito se percebera estar presente nas escolhas subjacentes ao seu percurso profissional. Seduzido pelo fascínio dos grandes negócios e do mundo do dinheiro que ignora e minimiza, nas suas prioridades, o domínio social em que se move o mundo real dos cidadãos dolorosamente marcado pelo desemprego e o empobrecimento da qualidade da vida, o testemunho de Pina Moura vem subscrever afinal, um programa político que mais não é do que o Manifesto dissimulado do neo-liberalismo reeditado à maneira portuguesa, no contexto de um mundo que assumiu, com a crise, a dúvida sistemática sobre a utilidade e adequação do mercado sem regulação. O programa do PSD é, para além da ambiguidade vaga de uma demagogia populista e insidiosa, um apelo ao ressuscitar de receitas gastas e prejudiciais ao recuperar de uma economia que só com um planeamento tranquilo e coordenado pode consolidar a tímida convalescença que se anuncia.
(este texto tem publicação simultânea no Público-Eleições 2009 e no Simplex)
Ana Paula,
ResponderEliminarPor vezes há pessoas assim, sem coluna vertebral, que dobram a cerviz face ao deslumbramento perante os magnates da finança.
Vão longe,na ideia deles, mas perdem o norte das ideias...e os amigos de outros combates.
Abraço.
Obrigado, Sokinus... as suas palavras tocaram-me profundamente. Tem toda a razão... sem norte, as ideias perdem significado e as amizades sentido... Um grande abraço :)
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