A economia portuguesa cresceu 0,3% no 2º trimestre de 2009. Apesar da prudência exigida pela fragilidade da situação e dos dados agora apresentados pelo INE, o facto é que, após 9 meses de contínuo crescimento negativo do PIB, um sinal positivo de saída da recessão técnica é agora, já não apenas uma esperança mas, uma realidade... como alguns economistas e jornalistas da especialidade notaram, podem ocorrer variações que conduzam, de novo, ao decréscimo económico mas, a capacidade de estagnar a descida do Produto Interno Bruto e de conseguir sinais mensuráveis de recuperação, é, de facto, assinalável... continuando presente no horizonte a sombra ameaçadora do desemprego, realidade para a qual alertaram já entidades patronais e sindicatos, é indiscutível o mérito deste sinal que, sem pretender, de modo algum, apresentar-se como indicador da ultrapassagem de uma crise estrutural para a qual não há soluções milagrosas, quer dizer imediatistas, confirma os resultados positivos do empenhamento do Estado na recuperação nacional... e se, por um lado, se pode atribuir grande parte deste sucesso a essa acção governamental de apoio à economia que deixa a descoberto a fragilidade da autonomia dos agentes económicos privados em geral, por outro lado, é evidente que a linha de intervenção económica traçada pelo Governo seguiu uma orientação adequada ao período conturbado que atravessamos. Sem erradicar a sombra dos tempos difíceis que atravessamos, fica pelo menos reduzida a falta de expectativas ao nível da recuperação económica e estimulado o reforço na confiança, essencial a investidores, empregadores e consumidores.
A boa notícia é que estamos a formar um fundo do ciclo recessivo, o que admite que possa haver ainda mais um trimestre negativo, eventualmente. Quer isto dizer que no prazo de alguns meses o desemprego estancará, esperemos que abaixo dos dois dígitos. A demagogia, para não chamar mentira, que a oposição, e nomeadamente Ferreira Leite, esgrime, prende-se com usar os números do desemprego de hoje para escurecer os números do PIB de ontem, quando é sabido que a taxa desemprego vai a reboque (em média 6 meses) da taxa de crescimentos.
ResponderEliminarObrigado, Rui... este comentário merecia um post. Um abraço :)
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