quarta-feira, 31 de março de 2010

Cumplicidades Políticas e Religiosas Contra os Direitos Humanos


... e assim, entre o silêncio, a omissão, a estratégia, a negligência e a relativização fenomenológica, as vítimas continuarão vítimas, enquanto culpados e cúmplices continuam, de uma ou de outra forma, no exercício do poder... O que significam transparência, democracia, honestidade, igualdade e liberdade face a estas realidades?... o mesmo que a moral e a ética significam para a demagogia e a autoridade política de tantas e tantas instituições religiosas?

10 comentários:

  1. A partir do momento em que os seres humanos crentes se organizaram e criaram a Igreja Católica Apostólica Romana, a desgraça abateu-se neste Planeta. Pois ao contrário de Jesus/Deus os Homens são tudo menos perfeitos... e a apetência para o proveito próprio, é incomensuravelmente superior do que a apetência para o proveito alheio.
    Nem preciso lembrar os tempos dos Descobrimentos, basta olhar para o Século passado e para o Estado do Vaticano para ver o que realmente é a Igreja Católica Apostólica Romana.

    ResponderEliminar
  2. Caríssima amiga Ana Paula Fitas,

    se é verdade que a Igreja Católica muitas vezes foi cúmplice com o desrespeito ou violação de Direitos Humanos implícitos, também muitas figuras da História da Igreja Católica foram acérrimos defensores dos Direitos Humanos como São Paulo ao defender a igualdade no tempo do império romano, o Padre António Vieira ao defender os autóctones do Brasil no tempo do colonialismo, a missionária Madre Teresa de Calcutá desde o tempo da libertação colonial na Índia.

    No meu último post, falo de uma das figuras da cultura portuguesa que lançou polémicas contra a Igreja Católica no século XIX: Alexandre Herculano. A Igreja, como qualquer outra instituição religiosa, comete pecados, embora paradoxalmente um dos seus papéis fundamentais seja a prática do Bem Social.

    Mas esta questão tem a ver com a natureza humana, e não com a natureza das instituições, neste caso com a natureza da instituição Católica.

    Saudações cordiais e amistososas, Nuno Sotto Mayor Ferrão
    www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt

    ResponderEliminar
  3. Cara Ana Paula,
    O maniqueísmo nunca me seduziu. Acho este discurso, simples demais para se poder considerar análise, puro maniqueísmo. A ICAR, como muitas outras instituições, tem muitas facetas. Em muitos sítios e circunstâncias, a ICAR foi (e é) factor de liberdade. Tal como os Partidos Comunistas (de vária colorações) foram umas vezes factores de liberdade e outras vezes factores de opressão. Como quase todos os fenómenos organizacionais de grande peso.
    Suponho que, dada a extrema malignidade da ICAR, o mundo seja muito bom em zonas do mundo onde ela não tenha influência. Ou que o mundo tenha vivido uma "idade de ouro" antes da ICAR aparecer. Será?

    ResponderEliminar
  4. Lá diz o Povo na sua imensa sabedoria"Bem prega Frei Tomás"
    Feliz Páscoa, Ana

    ResponderEliminar
  5. Obrigado vbm :)
    De facto, temos na História uma configuração demasiado sistemática nas cumplicidades entre os poderes políticos e religiosos e que seria humana e responsavelmente dispensável nos tempos que correm... mas, como sabemos!, a resistência à mudança é enorme e, como dizia Maquiavel "o poder absoluto corrompe absolutamente!"
    Abraço.

    ResponderEliminar
  6. Muito estimado amigo Nuno Sotto Mayor Ferrão,
    Obrigado pelas suas palavras, avisadas e justas. De facto, é a natureza humana o que se reflecte nas instituições e, talvez, por isso, muitos foram os que persistirem lutando nas suas margens. Não está em causa a fé e a bondade das pessoas e das suas causas, nem sequer a sua acção corajosa e desassombrada e muitos foram, como paradigmaticamente exemplificam as suas referências a Madre Teresa de Calcutá ou Alexandre Herculano, os que ficarão na História como modelos da sensibilidade, da compaixão e do uso da razão... talvez por ser esse o padrão do nosso entendimento, seja mais chocante saber que nada, nem a moral, nem a ética, nem os valores são imunes à contaminação dessa capacidade humana que torna, também, os homens capazes de subscrever e apoiar a injustiça e a crueldade.
    Um grande abraço.

    ResponderEliminar
  7. Obrigado, Carlos.
    Votos de uma Páscoa doce, alegre e muito feliz :)
    Um beijinho.

    ResponderEliminar
  8. Porfírio,
    No que à matéria em questão respeite, diria que o maniqueísmo está na incapacidade de exercício da equidade crítica, em termos qualitativos, quantitativos e proporcionais... quanto ao teor dos argumentos que aqui expõe, sugiro que leia as considerações que teci a propósito do comentário aqui partilhado pelo Professor Nuno Sotto Mayor Ferrão.
    Boa Páscoa.

    ResponderEliminar
  9. "Nem um prato de comida, nem um café", tenho a ideia de que o Homem que originou a ICAR não faria isto...
    Aos 01:11 deste vídeo

    ResponderEliminar
  10. Obrigado pela observação, Voz a 0 DB...
    ... Seguramente que o não faria, o não diria e por certo nem o pensaria :)
    Um grande abraço :)

    ResponderEliminar