segunda-feira, 15 de março de 2010

Um Certo Entendimento da Representatividade Democrática

Não sei se por motivos de desassombro político, quiçá suscitados pela decisão em se assumir a verdadeira vocação de um partido que, sob a designação PPD-PSD, avoca a social-democracia!, mas, o facto é que a calendarização estatutária do direito ao exercício da crítica e a afirmação de que o PSD deve assumir a bipolarização do sistema político em Portugal, apresentadas como propostas por Pedro Santana Lopes (ontem no Congresso Extraordinário -efectivamente!!!- do PSD em Mafra e hoje no Jornal da Noite, na SIC-Notícias), denotam um entendimento da democracia representativa a que, de democrático, resta apenas o epíteto e cuja efectiva representatividade reduz a democracia pluralista ao binónimo da alternância partidária. Não sei se esta dimensão do 2º maior partido português é surpreendente ou se apenas confirma o que muitos, de há muito!, afirmam quando não hesitam em associar o PSD à direita!... Centro? Qual centro? Social-democracia? Qual social-democracia? Os conceitos já não são o que eram ou a sua evocação foi sempre meramente populista? - eis a questão que se colocaria ao eleitorado se a comunicação social disponibilizasse o seu tempo e o seu espaço para o exercício da análise e do pensamento crítico - a não ser, é claro!, que receie incorrer no risco de expulsão!

2 comentários:

  1. Olá Ana…!
    Talvez se tenha tratado de um Congresso intra-partidário!!!! Enquanto lia a sua reflexão dei comigo (pobre pensadora) a lembrar-me do Madison: “Se os homens fossem anjos, os governos não seriam necessários”! Risos!

    ResponderEliminar
  2. Olá Jeune Dame :)
    ... este comentário tem... música :) e aplausos :)
    Abracinho :)

    ResponderEliminar