No século XX aprofundou-se o saber sobre o papel das mulheres na construção dos modos de ser e de estar dos filhos e, a par da luta pelos direitos das mulheres, desenvolveu-se a reflexão que permitiu compreender até que ponto a própria mulher tem sido fundamental na reprodução dos estereotipos contra os quais tem lutado com esforço e dificuldades. O mundo da cultura e da etnologia é, na sociedade contemporânea, o reduto de causas, efeitos e potenciais factores resolutivos e recorrentes de grande parte dos problemas socio-políticos... A ideia ocorreu-me a propósito da chamada de atenção que vi no Carta a Garcia... ontem na Argentina, foram as Mães na Praça de Mayo; hoje, em Cuba, são as Damas de Blanco... e, nas suas expressões públicas, encontramos a mesma reivindicação sobre o direito à vida, em relação ao qual é indiscutível a sua autoridade e a universalidade do seu reconhecimento. Porque me lembrei de partilhar convosco este apontamento? Porque, subitamente, vi nestas manifestações um sinal de criatividade, justa e inteligente. Para quando no resto do mundo? Por certo, lá, no Afeganistão, na Palestina, em Israel, no Sudão ou na Somália, o sentir é o mesmo...
Cara Ana Paula,
ResponderEliminarObrigado pelo link...eu conheço a S/ profunda preocupação com os direitos humanos no mundo e o quanto lamenta que Cuba não saiba ter a superioridade moral suficiente para responder ao embargo.
Além do mais, o S/ post é de uma rara inteligência, associou os direitos humanos ao papel das mulheres, na sua condução de lutas pelos direitos fundamentais e no papel que têm começado a ter na sua real emancipação em países como os que citou.
È um gosto lê-la.
Abraço.
Caro Osvaldo,
ResponderEliminarDeixa-me sem palavras, honrada que fico com o comentário que aqui regista porque, vindas estas palavras de quem as escreveu, me honram de forma particularmente gratificante. Resta-me agradecer, sentida e sinceramente.
Receba, com elevada estima e admiração, o meu abraço amigo,
Ana Paula