No dia 8 de Março de 1857, um grupo de operárias têxteis, em Nova Iorque, decidiu fazer greve, ocupando, para o efeito, a respectiva fábrica. Reivindicando a redução do horário de trabalho de 16 para 10 horas e contestando o facto de receberem apenas um terço do salário pago aos homens, pela prestação do mesmo trabalho, as operárias foram fechadas nas instalações dessa fábrica em que veio a deflagrar um incêndio e, nesse dia de luta pela igualdade de direitos laborais, morreram cerca de 130 mulheres. Em homenagem a estas operárias, em 1910, numa conferência internacional de mulheres, decidiu-se celebrar o dia 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
Celebram-se pois, hoje, 100 anos deste Dia que muitos problematizam mas cujo sentido se revê na actualidade, apesar de já terem passado 153 anos sobre o episódio que acabou por simbolizar a internacionalização da luta das mulheres pela igualdade de direitos. Porque, apesar do reconhecimento internacional dos Direitos das Mulheres, da Igualdade de Oportunidades e do combate a todas as formas de discriminação de que se destaca, pela sua transversalidade, a discriminação em função do sexo, as mulheres continuam, em muitos sectores de actividade, a não ter o produto do seu trabalho reconhecido em igualdade de circunstâncias com o sexo masculino. E se esta realidade ocorre ainda no Ocidente, no planeta é esta a realidade maioritária do mundo laboral, multiplicada exponencialmente várias vezes se pensarmos no exercício de direitos cívicos, políticos e religiosos ou na valorização e reconhecimento dos direitos relativos à identidade individual, cultural e sexual das mulheres.
Vítimas de todo o género de violência, as mulheres continuam a liderar taxas de pobreza e exclusão uma vez que, infelizmente, o género, na sua transversalidade, acaba por se constituir como factor de dupla discriminação, concorrendo, em particular, no feminino, para a persistência das discriminações múltiplas.
Por Todas as Mulheres em Todo o Mundo faz sentido assinalar o Dia Internacional da Mulher!
Vítimas de todo o género de violência, as mulheres continuam a liderar taxas de pobreza e exclusão uma vez que, infelizmente, o género, na sua transversalidade, acaba por se constituir como factor de dupla discriminação, concorrendo, em particular, no feminino, para a persistência das discriminações múltiplas.
Por Todas as Mulheres em Todo o Mundo faz sentido assinalar o Dia Internacional da Mulher!
(Sobre o Dia Internacional da Mulher escrevi também AQUI)
Querida Ana Paula
ResponderEliminarSó umas breves palavras para lhe dizer o quanto gostei do seu texto-afinal como sempre.
Confesso que me revolta a forma como vejo certas mulheres festejarem este dia.Com uma completa falta de dignidade, direi mesmo falta de vergonha.
Desrepeitam o que foi a luta de tantas mulheres !
Enfim,, revelam apenas saber muito pouco...se calhar a culpa nem é delas...
Por isso este texto, acalmou-me a alma, apesar de me reavivar feridas que jamais cicatrizarão...
Um beijo Amiga.
Continuarei por aqui.
E tem uma flor lá no Cr para si, Ana Paula.
ResponderEliminarQuerida Tina,
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras que subscrevo... ainda bem que veio até aqui partilhar que ainda há uma outra forma de pensar e sentir o Dia Internacional da Mulher...
Um beijo, Amiga :)
... obrigado por estares por aqui :)
Obrigado, Carlos :)
ResponderEliminarAquele abraço.