É um dado revelador, o facto das sondagens para o mês em curso, realizadas pela Eurosondagem para o Expresso/SIC/Rádio Renascença e pela Universidade Católica, continuarem a dar a vitória ao PS, remetendo o 2º maior partido para uma distância assinalável... Revelador porque, do actual contexto de crise económica com o respectivo anúncio de medidas de austeridade para a sociedade portuguesa, à oposição frontalmente mediatizada face à discussão e votação parlamentar do Orçamento e à análise do PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento), não encontramos, "a priori" muitas razões evidentes para que assim seja... a não ser que se considere que a opinião pública se constrói de forma cada vez mais distanciada do definido pela tradicional cartilha da comunicação social empenhada, desde há muito, na exploração e desenvolvimento de uma sistemática campanha de acusações e suspeitas relativas ao Primeiro-Ministro e ao Governo...
Concluí diferente: forte queda do BE e PC, os dois opositores do «PEC-"Credores-Dívida Pública"»; subida do PS-PSD-CDS, os do realismo político financeiro; quanto a maiorias, CDS-PSD coligados 10+33 pp mais do que 41 pp do PS.
ResponderEliminarE, sim, o jornalismo escrito e televisivo está nitidamente a desqualificar-se aos olhos do público porque cada vez mais se nota que se ocupa de pseudo-temas sem qualquer relevância pública e, se neste domínio às vezes entra, apenas profere lugares comuns que já ninguém ouve sequer.
ResponderEliminarÉ de facto assim e, aliás, já vejo os políticos a aproveitarem-se disso ridicularizando a agenda mediática da comunicação social que nem se apercebe do que é politica e socialmente determinante.
Eu acho isto positivo porque antigamente só o José Pacheco Pereira conseguia envergonhar os jornalistas pela sua mediocridade, mas agora, até o Sócrates o consegue!
AS duas sondagens são muito contaditórias vejamos.
ResponderEliminarNuma o PS tem 36,9 na outra 41
Numa o PSD tem 26,2 na outra 33
Numa o CDS tem 14,8 noutra 10
Numa o BE tem 8,8 noutra 6
Numa o BE tem 8,4 noutra 6
SE a isto quisermos somar as duas sondagens de finais de Fevereiro da Marktest e da Intercampus,
MARKTEST
PS-36
PSD-31
BE-10,6
CDS-9,5
CDU-6,8
Intercampus
PS-40,36
PSD 34,35
BE-10,5
CDS-7,8
CDU-6,8
As conclusões a que VBM chega não têm sustentação lógica, a não ser que a unica empresa de sondagens credivel seja a CESOP, o que a realidade já mostrou ser uma falácia, pois em várias das ultimas eleições, foi uma das empresas que mais errou.
Mas veremos uma situação ainda mais caricata...
Presidencias
CESOP
Cavaco 57
Alegre 19
Eurosondagem
Cavaco 36
Alegre 25
Sondagens leva-as o vento....os votos é que contam, e esses são eximios em desmontar as sondagens....
Pode ser. Parecia-me lógica a queda PC-BE
ResponderEliminare a subida do "arco de governação"
PS-CDS-PSD, preocupado com
as represálias
dos credores
...
Quanto à maior audiência da eventual coligação
PSD-CDS, também me parece natural pois
a esquerda e o centro-esquerda
continua dividido.
É verdade que os números, as estatístcas,
as sondagens e as urnas sejam factores
de política "muito" importantes
- e está visto que para
o "nosso" jornalismo
são-no de facto,
basta notar
a felicidade
dos "locutores"
a "trabalharem"
no débito de estatísticas
do mês passado para o presente,
do mês corrente para o mês homólogo,
e outras chinesices do mesmo estilo,
como o festejar dos "dias do ano"
disto ou daquilo, para lá da felicidade
com que se entrevistam entre si! - até
faz impressão!, ainda dizem que não há
trabalhadores felizes, então e eles!?,
alguma vez se viu uma grfeve de locutores? -
mas se abstraírmos do véu dos números
e indagarmos a qualidade, a utilidade,
a veracidade dos factos e das notícias,
abre-se-nos um mundo crítico onde o olhar
passa a notar que "o rei vai nú".
Adorei este "mini-debate"... voltem sempre!... um obrigado especial ao VBM :)
ResponderEliminarAbraço :)