segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Da Arte - do sentir, da voz e da partilha



Quando o poeta fala, a alma cala...

De: Pablo Neruda
Por: Pablo Neruda

2 comentários:

  1. "Se estamos aqui reunidos estou contente. Penso com alegria que tudo quanto escrevi e vivi serviu para nos aproximar.É o primeiro dever do humanista e a fundamental tarefa da inteligência assegurar o conhecimento e o entendimento entre os homens." ...
    P. NERUDA--Para nascer he nacido

    Pergunto, Ana Paula,porque é tão difícil cumprir-se este dever e esta tarefa?
    Falta de inteligência? Medo?
    Não entendo.
    Hoje estive ao sol e ele não me aqueceu...a minha pele branca ,branca continuou--sintomático do meu estado de espírito.
    Por isso voltei aqui--estas representações DA ARTE, foram bálsamo nas minhas feridas, cada vez mais abertas ,agora que está tão próximo o novo ano escolar.
    Um abraço (desculpe mais uma vez o desabafo)
    Tina

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  2. Tina,
    As palavras de Neruda são de uma rara clarividência que contrasta com a prática banalizada das formas de estar que agem e interagem com o único princípio de retirar dividendos pessoais e de grupo de todos os actos... entre o medo e um profundo egoísmo decorrente provavelmente da ignorância perde-se tempo e acelera-se o passo para os conflitos que, depois, os mesmos "correm" a ajuizar e condenar... se me permite, Tina, deixe que lhe peça para não antecipar o ano escolar... nem se preocupe com o que terá que fazer... vá, quando chegar o tempo de ir e, simplesmente, faça... sem empenhar a sua alma nesse desempenho... há alturas em que temos que nos defender do meio e até de nós mesmas... não permita a si própria um envolvimento interior com o trabalho externo... sorria e reforce-se a si própria, por dentro alimentando-se de tudo o que gosta de fazer... um certo culto pessoal do individualismo não significa, necessariamente, egoísmo... Eu sei, claro que sei!, que é fácil falar e difícil viver e ultrapassar a angústia e a ansiedade... mas, se vale a pena, nestas alturas, valorizar mais o que somos do que o que fazemos... porque, de facto, depois de muito pensar, concluo que o mundo contemporâneo, ao afastar os desempenhos profissionais das vocações, das competências e das escolhas, afastou-o também do prazer porque o reduziu à condição de meio de sobrevivência - e este é um pressuposto que a nossa geração desconheceu na sua formação e crescimento... Um grade abraço.

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