Mubarak abandonou o Cairo!... como o exigiram durante 18 dias, incansáveis!, os cidadãos... confesso que, depois de 3 dias em Paris, em trabalho!, não poderia ser melhor, a notícia a partilhar! Os grupos de trabalho internacional reunem em diferentes cidades desta Europa que é nossa e que, muitas vezes, pensamos como uma entidade estranha... não é! A Europa é, de facto, o conjunto de milhões de cidadãos e, por vezes, temos a sorte de encontrar grupos de trabalho em que a empatia é inequívoca, na consciência e na demonstração de que estamos juntos por partilharmos os mesmos objectivos e as mesmas preocupações!... é raro - como ainda hoje alguém dizia no grupo de trabalho que integrei!- mas, por vezes, as pessoas encontram-se numa dimensão cívico-política e socio-profissional que nos aproxima ainda mais e nos reforça a confiança!... a verdade é que, felizmente!, a Europa não é só burocracia e elites dominantes... a Europa somos todos nós! ... e como hoje, no Egipto, a voz dos cidadãos conseguiu alcançar os seus objectivos, juntos, com a força da razão e da expressão da convicção, a cidadania europeia pode levar à concretização dos objectivos de aperfeiçoamento democrático socio-económico e político que sabemos indispensável para a mudança! Todos juntos por um mundo melhor é o lema e acreditar, o princípio! Obrigado ao povo egípcio pela lição, reestruturadora da esperança... de todos nós!
Ao comportamento exemplar do povo junto algumas apreensões, que talvez não sejam fundamentadas. Receios, apenas...
ResponderEliminarAbraço
Foi de facto exemplar. Vamos ver o que futuro lhes reserva. A verdade é que o 25 de Abril, foi o que se sabe, e hoje aqui estamos nesta apagada e vil tristeza...
ResponderEliminarBeijinho
Cara Ana Paula Fitas
ResponderEliminarO valor da liberdade e o respeito pelos direitos humanos são conquistas irreversíveis para o povo egípcio. Que o Alto Conselho Militar saiba orientar o país para o exercício de eleições com o respeito pela cidadania e para a instauração do regime democrático. El Baradei expressou emocionado que foi o dia mais feliz da sua vida...e assim será para toda a população que tão bem deu exemplos de cidadania.
Viva a revolução, viva o povo egípcio...rumo à democracia!
Um beijinho amigo :)
Ana Brito
Ana Paula,
ResponderEliminarFelizmente que veio à liça.
Tenho o maior respeito pelas lágrimas francas mas detesto a lamechice.
Choremos, pois, de alegria pelo sucesso do povo egípcio na sua luta contra a ditadura que o oprimia ( e poucas pessoas aqui saberão tão bem como a Ana Paula do meu sentimento nestas questões) mas deixemo-nos, porque pouco ainda está ganho, de verdade,de juizos precipitados sobre o futuro.
Exige-se, não se deseja, que aquele povo seja feliz, pois então solidariezemo-nos com ele e ajudemo-lo a atingir a plenitude das suas conquistas, que sabemos nós, que já passámos pelo mesmo, são difíceis e com grandes obstáculos para as alcançar.
E ajudar, aqui, não significa só bater palmas indiscriminadamente como tontos que não pensam mas, também e sobretudo, chamar a atenção para os perigos que se correm nestas situações.
Um abraço.
Rogério,
ResponderEliminar... são lúcidas as apreensões que, no fundo, todos temos... dada, não só a nossa consciência mas, provavelmente, acima de tudo, a nossa experiência...
Um abraço.
Querida Ariel,
ResponderEliminar... é isso mesmo!... nós que bem sabemos como a perversão política acontece em contextos democráticos, o melhor que podemos fazer é esperar que o povo egípcio tenha a lucidez de percepcionar e saber contornar as tentações totalitárias que, seguramente, vão surgir...
Beijinho.
Cara Ana Brito,
ResponderEliminarJunto aos seus os meus votos de que o Alto Conselho Militar saiba evitar desequilíbrios e garanta eleições livres e justas... para que "o dia mais feliz" dos cidadãos egípcios perdure como tal na sua memória futura :)
Um beijinho.
Miguel,
ResponderEliminarObrigado pelo seu lúcido comentário. É preciso que o povo egípcio saiba antever os perigos que subjazem à liberdade e à democracia... mas, essa é uma luta que eles próprios terão que desenvolver e que os povos amigos poderão apoiar sem tentativas de interferência externa na sua governação. Contudo, esta Revolução permanecerá na memória de todos como o dia em que o Povo saiu à rua e, sem armas, derrubou a ditadura... e esse é, seguramente, o melhor legado destes dias que poderá ser evocado em momentos difíceis que, como todos nós, também por lá se irão viver!... Confiemos no saber e na lucidez das novas gerações, dos jovens e das mulheres que têm que exigir continuar a participar publicamente na vida política nacional... essa é a melhor prevenção para a tentação que alguns poderão ter de perverter o caminho a desbravar rumo à democracia.
Um grande abraço.
Caríssima amiga Ana Paula Fitas,
ResponderEliminarFico feliz com a derrota do odioso ditador, H. Mubarak, que se queria manter no poder a todo o custo, que estava a causar um impasse na sociedade egípcia. Quando estive no Egipto faz agora 10 anos apercebi-me das grandes desigualdades sociais e dos grandes contrastes entre modernidade e arcaísmo civilizacional que caracterizam, em particular, a grande metrópole do Cairo.
Congratulo-me com a vitória dos cidadãos egípcios por uma abertura do regime aos valores democráticos. Na esperança que esta abertura para um regime de liberdade se traduza na instauração de um desenvolvimento conducente a uma maior justiça social e a um Estado que potencie as capacidades turísticas do país sem deixar que os grupos fundamentalistas imponham um clima de insegurança que seria nocivo ao turismo, como se verificou desde 1997, e a uma sociedade com mais igualdade de género!
Saudações cordiais e freternas, Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
Carissimo amigo Nuno Sotto Mayor Ferrão,
ResponderEliminar... se me permite, faço minhas as suas palavras, a cujo teor me associo, subscrevendo-as.
Muito obrigado por aqui as partilhar.
Com as minhas melhores saudações fraternas e amigas.