Assumida como a mais grave recessão económica desde há um século, a complexidade mundial, particularmente no que aos panoramas europeu e nacional dizem respeito, continua a revelar-se no aumento dos números do desemprego e nos indicadores económicos... veja-se o caso da Alemanha, surpresa maior de tudo o que há cerca de 1 ano atrás seria previsível! Apesar de tudo, Portugal teve uma reacção que, no contexto europeu, nos assinala, até agora, como o terceiro país com desempenho menos negativo... No entanto, num período pré-eleitoral como é 2009, ao contrário do que seria desejável, não assistimos a uma discussão sistematizada pelos diferentes agentes político-partidários sobre cenários alternativos de respostas possíveis para os dossiers essenciais à revitalização do tecido económico-social... com o desemprego em 8,9%, a pergunta que se nos coloca é a de saber que mecanismos podem ser activados no sentido de contrariar esta tendência crescente, resgatando o país de uma profunda depressão de que a população se vai aproximando, a passos largos... e cujo preço poderá ser o revivalismo de um autoritarismo político com reflexos sérios no aprofundar das desigualdades sociais, o aumento da insegurança e do policiamento, a redução das liberdades e dos direitos sociais... sim, porque é preciso não esquecer que, se a esperança nos permite aguardar pelo melhor, nos contextos de crise é também, sempre, possível, fazer pior!
Confesso que "esse" aspecto é importante ser lembrado: "é sempre possível fazer pior"! E, ainda que o processo de "planeamento" deva ser voltado para o futuro (contendo a continuidade e dinâmica), "ele" (o processo - aqui a esperança por vir) implica sempre uma relação de causalidade entre a acção e resultados. Ora, para isto, é preciso uma certa técnica de alocação de recursos...(enfim se calhar são só devaneios meus...)!
ResponderEliminarUm devaneio muito pragmático e realista, Jeune Dame de Jazz...
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