A crise continua sem respostas capazes de, controladamente, travar os seus efeitos e inverter as tendências deles emergentes, sujeita ao ritmo que o mercado lhe consegue imprimir (leia-se, a este propósito, o texto de Carlos Santos no Câmara dos Comuns)... e, se um dos problemas é, como sempre!, o dos lobbies que, nas mais diversas áreas, se habituaram a exercer com sucesso o seu poder de influência (exemplificado por João Galamba no Jugular) de um modo tal que, hoje, se cruzam de forma quase indiscernível os mecanismos de influência, pressão, tráfico de influências e corrupção, outro dos problemas com que, agravadamente, nos voltaremos a defrontar é o défice (ver a referência de José Manuel Dias no Cogir) - realidade desta vez mais tortuosa, dada a generalização da crise e o já estruturado planeamento de intervenções agendadas que exigirão reforços e deixarão Portugal numa situação mais fragilizada do que até aqui no que respeita à acessibilidade de apoios financeiros. Com um tão grave contexto económico-financeiro reflectido socialmente em realidades interdependentes de efeitos multiplicadores como o desemprego, o endividamento, as falências e os lay-off, é difícil compreender como é que a política nacional insiste e persiste em discursividades ambíguas e vagas que se limitam a suscitar os equívocos de que vivem os media (veja-se o que diz João Magalhães na Câmara Corporativa)... o que, num ano eleitoral como 2009, é profundamente lesivo para a qualidade da Democracia portuguesa, por viabilizar o indesejado branqueamento das matérias que devem, efectivamente, ser objecto de discussão e análise...
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