segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pessoas Sem-Abrigo - uma versão musicada...


... são histórias da cidade... pequenos instântaneos de pessoas sem abrigo, com pouco abrigo, de muitos ou nenhuns amigos... histórias de cidadãos... olhados ao som de "Lisboa não é a cidade perfeita" dos Deolinda.

2 comentários:

  1. Cara Ana Paula Fitas
    Temática actual, e muito complexa, esta que aqui patenteia.
    Sociologicamente a exclusão é um produto de um défice de coesão social global. Ocorre-me neste momento, entre outros,Lamarque, Xiberras, Durkeim e Simmel.
    Os sem abrigo, socialmente, configuram um fenómeno multidimensional que só por si parece contribuir para a produção do excluído. De facto, a área metropolitana de Lisboa, entre outras, alberga a desigualdade como um princípio inerente a qualquer forma de estruturação social e a exclusão motiva uma dialéctica de oposição entre quem mobiliza recursos na órbita de uma participação social e quem, por falta deles, se sente incapacitado para articular as diferentes partes da sociedade deixando assim de contribuir para a integração social.
    Nós sentimo-nos minúsculos e impotentes face a esta dura realidade, embora sejamos sensíveis a ela.
    Um abraço
    Ana Brito

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  2. Cara Ana Brito,
    Obrigado pela reflexão enunciada... a realidade das pessoas sem-abrigo é um problema cuja complexidade multifactorial implicaria, para a sua resolução no que respeita à oportunidade que todos merecem de usufruir de uma vida digna, uma intervenção interdisciplinar e integrada, planeada sem dogmas nem demagogias e atendendo à consideração do Homem enquanto ser singular... estamos, natural e infelizmente!, longe de uma tal prática - designadamente porque o conhecimento em contexto de intervenção social permanece frequentemente enclausurado em estereotipos de práticas institucionais que não integram na sua filosofia de gestão, o acompanhamento personalizado... é um drama com que, face às crises económico-sociais e ao aumento do desemprego, cada vez mais, nos depararemos, no presente e no futuro... e ao qual poderemos pelo menos responder com a formação cívica que arrasta o sentido da responsabilidade social colectiva.
    Um abraço.

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