Emocionante é a palavra certa para definir a entrevista que podem ler AQUI e que considero importante partilhar... Um olhar sobre a autenticidade da arte e da pertinência do sentido com que o cinema pode iluminar a realidade para além da intenção ficcional de um argumento. O entrevistado é Abbas Kiarostami, o tema da entrevista o seu filme "Shiri" e as suas palavras dão rosto à complexidade de questões tão diversas como é o caso da vivência relacional entre homens e mulheres em sociedades politicamente fechadas e socio-culturalmente segregatórias, o amor, as emoções, o entendimento, as mulheres, a vida e o mundo... Abbas Kiarostami é genial no que me atrevo a designar por um modo alegórico próprio de dizer intensamente a verdade da realidade que pretende enunciar... por tudo isto e pelo que a leitura vos suscitar, vale mesmo a pena ler.
"Diria que este filme é o mais artificial que já fiz, mas também o mais autêntico que já fiz." Li isto e não percebi. Alias, julgo não ter entendido nada daquilo que li. Se calhar tenho de ver o filme...
ResponderEliminar(aproveito para lhe dar notícia de que hoje faço balanço da minha actividade como bloguer e despeço-me...)
http://conversavinagrada.blogspot.com/2010/06/6-meses-de-trabalho-gourmet-para-voce-o.html
Cara Ana Paula Fitas
ResponderEliminarApresentando uma nova visão da mulher iraniana contemporânea, a par de uma francesa, este filme é profundamente marcado pelo intimismo e pela discussão filosófica, provocando-nos um sentimento misto e intenso, difícil de verbalizar.
Um abraço
Ana Brito
Minha amiga,
ResponderEliminar… bonita homenagem ao rosto feminino… bonita também, a história de Khosrow e Shirin que não conhecia…
… a ficção tem este dom magnifico de poder redescrever a realidade e reinventar o futuro… se no Irão devemos baixar os olhos perante uma mulher, em Shirin é-nos obrigatório olhar para uma centena de mulheres… ainda que de forma artificial, a autenticidade está lá.. tarefa difícil esta, de tentar compreender os paradoxos da vida…
Abraço
Saravah
Caro amigo Rogério :)
ResponderEliminarSugiro-lhe a leitura dos comentários femininos que Ana Brito e "Saravah" aqui registaram, a título de contributo para um novo olhar sobre a entrevista e o filme de Kiarostami...
Um grande abraço com votos de férias felizes :)
Cara Ana Brito,
ResponderEliminarOBrigado pela sua contida e sentida reflexão :)
Abraço amigo.
Minha querida amiga :)
ResponderEliminarObrigado!... obrigado pela tua compreensão intrínseca da mensagem de Kiarostami que de forma sentida e contida aqui enuncias... em particular deixa que destaque duas das tuas afirmações: "se no Irão devemos baixar os olhos perante uma mulher,em Shirin é-nos obrigatório olhar para uma centena de mulheres" e "ainda que se forma artificial, a autenticidade está lá" :) ... Obrigado, minha amiga! É isto!... é esta autenticidade reinventada que, como dizes, é possível pelo dom da ficção!
Um grande, grande abraço!