sexta-feira, 21 de maio de 2010

Actualidades políticas... Surpresa - ou talvez não?!



Convém esclarecer, "a priori", que este apontamento não pretende opinar, discutir ou explicar o que aqui se regista mas, apenas, chamar a atenção para a sua constatação. Apesar de toda a "gritaria" política e mediática, foram hoje divulgados alguns dados e informações que merecem a reflexão de todos: o barómetro mensal denota uma ligeira subida do PS, regista descidas para o PSD e o CDS e constata que a maioria dos portugueses considera inevitável a subida de impostos! Além disso, Madrid garante que, conforme o previsto, o TGV chegará à fronteira portuguesa do Caia até 2013!... Moral da história: nem sempre o que parece é!... por isso comentadores e políticos, ao invés de tomarem por realidade os seus desejos, deveriam atender à cultura e ao quadro de representações sociais da maioria da população portuguesa. Talvez assim, com interpretações e leituras ajustadas à realidade, tornassem mais credíveis as suas especulações e contribuissem de forma positiva para ajudar a formar uma opinião pública esclarecida.

8 comentários:

  1. Ana Paula,
    Esta necessidade quase diária de justificar tudo perante uma catadupa de ataques começa a ser demoníaca. Até quando existirão forças e argumentos.
    Parece que estamos numa situação de pré-aviso de fim de ciclo democrático.
    Começa a ser desgastante.
    Assim é impossível acreditar e antever o futuro.
    Necessitamos de ter muita força, ignorar os mandantes da discórdia, e continuar enquanto houver força e empenho, a denunciar o clima que foi criado no nosso país.
    Costumava dizer aos meus filhos, em situações análogas mas menos graves, que não tinha sido para isto que tantas gerações tinham lutado.
    E não foi!
    Mas até quando se resistirá. Quantos de nós não desistirão e olharão para o lado deixando de se preocupar.
    Mas uma coisa também é verdade, a culpa é de todos.Uns pelo que conspiram outros por não serem eficientes no combate.
    Um abraço.

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  2. T. Mike,
    Obrigado por esta sentida e tão profundamente verdadeira reflexão que, naturalmente!, subscrevo sem reservas! O momento é, de facto, muito mais grave do que a própria crise... a verdade é que, para além da fragilidade económica que a todos afecta -de modo particularmente incisivo, a sociedade portuguesa!- a democracia no espaço europeu e, consequentemente, na história democrática mundial, atravessa tempos conturbados cujas consequências só o futuro denotará! Resta-nos não desistir e tudo fazer para que o liberalismo desenfreado e o autoritarismo não venham a emergir, reforçados pelo medo e pela descrença a que só o sentido de responsabilidade colectiva pode oferecer resistência. Até quando? - é, como tão bem diz!, a pergunta que nos deve preocupar e a que deveriamos ser capazes de responder atempadamente.
    Um grande abraço.

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  3. A Ana diz que o seu post não pretende opinar, discutir ou explicar o que alí se regista mas, apenas, chamar a atenção para a sua constatação.
    O meu comentário também não é opinativo:
    - Movimentação de pessoas saudando SLB campeão: 250 mil nas ruas;
    - Movimentação de pessoas saudando o Papa: 1 milhão nas ruas;
    - Movimentação prevista para o Rock in Rio que hoje começa: 400 mil.

    Moral: O que parece, é!

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  4. Obrigado, caro Rogério, pelo excelente registo! De facto, tem toda a razão... o que vale por dizer: isto da moral em que "o que parece é", do mesmo modo que a do "nem sempre o que parece, é" ... tem dias!... depende dos contextos e das perspectivas!... ao contrário dos factos, já se vê!
    Abraço.

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  5. Basta talvez olhar para o que se passa com o exemplo dos três tóxicos jornais desportivos que temos para inferir que, em Portugal, predomina a informação espectáculo,a informação vendável,a informação amadorística,imediatista e pouco credível.
    Verdadeiras referências de um jornalismo competente,sabedor,experimentado,democrático, é coisa que os jornais têm cada vez menos.De norte a sul,parece-me.
    O resultado é o que está à vista:a imprensa de um modo geral, existe mais para servir certos e visíveis poderes manipulatórios do que para formar informando.Com qualidade,seriedade e o sentido apropriado de compreensão dos factos,das situações e dos problemas,a liberdade de expressão, como é obvio, passa ou devia passar mesmo por aqui.

    Uma das razões do mal, se é que estou a ver bem,tem muito a ver com as catadupas de cursos universitários de jornalismo ...em que os ditos jornalistas eram incubados à pressa e mal.Porque estava a dar,porque a qualidade pouco importava. E por uma mão cheia de cifrões que não merece a pena estar aqui a aprofundar.O jornalismo português está demasiado prenhe de permanentes iniciados,e de falta de vocações,sendo talvez de recordar os jornais que foram e vão sucessivamente desaparecendo do perfil cultural português.

    Claro que como são todos habitantes de uma imprensa mal frequentada,todos,ou seja, o país, de uma maneira ou de outra, temos de pagar a factura e os efeitos da desinformação.Sobretudo no campo mais sensível de qualquer sociedade,o campo da política,o campo do governo da vida e do dia a dia,o campo mais exigente.
    Aliás, de uma certo e longo caminho obscurantista com décadas, seria agora de esperar outra coisa?

    Entretanto, se estou bastante errado nesta visão,expliquem-me porque há tantos empresários,patrões da imprensa, que jamais escreveram uma linha...


    ANB

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  6. Caro ANB,
    Depois da sua lúcida e útil reflexão, resta-me subscrever todo o seu texto e, particularmente, a perplexidade com que termina :)
    Obrigado pela inteligência e autonomia de pensamento aqui partilhada...
    O meu melhor comentário será sugerir a todos os que por aqui passarem, a leitura atenta do seu contributo.
    Um abraço.

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  7. Cara Ana Paula,

    Fiz link...também pela excelência do Cartoon,
    Obrigado,
    Abraço Amigo
    OC

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  8. Caro Osvaldo,
    Obrigado pela referência... e sim, o cartoon é excelente :)
    Abraço amigo.

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