O mais recente barómetro TSF/Diário Económico dá ao PS uma descida percentual de 16 pontos e, consequentemente, permite ao PSD e à sua recente liderança alcançar uma margem próxima dos 44%. As explicações sobre o significado destes resultados, na interpretação do próprio Diário Económico (ler AQUI), são importantes uma vez que esclarecem o seu fundamento, a saber, o facto de decorrerem das negociações para a aprovação do Orçamento Geral do Estado. Entretanto, com as novas medidas de austeridade lançadas pelo Governo e, no contexto mal-esclarecido em que muitas delas, nos últimos 2 dias têm vindo a público (é o caso da dita "sobretaxa do IRS" e dos cortes nos apoios aos desempregados que, recentemente, tinham vindo a ser aprovadas para reforçar a difícil situação em que se encontra uma já significativa percentagem dos cerca de 600 mil desempregados que temos), os sinais de um efectivo descontentamento social começam a fazer-se sentir espontaneamente, não se esgotando nas manifestações organizadas pela oposição. A clareza do discurso justificativo, a desdramatização dos exageros especulativos e a reavaliação de algumas das mais prementes realidades sociais é, de novo, prioritária. Os portugueses merecem, mais do nunca, sentir que os esforços para que estão a ser convocados são resultado de uma séria ponderação, sem retrocessos e hesitações discursivas que agudizem a disponibilidade para a criação de uma imagem de desorientação governativa. Além disso, é fundamental que, neste momento, o Governo denote que, para além do défice e das contas públicas, proteger os cidadãos da pobreza extrema e do risco de agravamento do endividamente incomportável, é, ainda, a prioridade do Estado... para que não sucumba de vez a ideia da defesa do Estado e da Europa Social.
Imagine a Ana Paula que era Dom Passos Coelho que tinha ido combater em Alcácer Quibir e, pela sua desempoeirada personalidade não tinha desaparecido no meio da refrega mas, ainda que vencido, teria de lá trazido o segredo algébrico da eliminação do défice e de todos os males que nos afligem. Os cronistas, sondando a arraia miúda, iriam concluir que, mesmo numa qualquer manhã de nuvem vulcânica, o seu regresso seria saudado no Paço com manifestações de alto fervor patriótico e de confiança nacional. O clero e a nobreza sorririam discretamente e novos painéis seriam pintados. No Vaticano o Papa da época acenderia umas tantas velas a uma virgem do futuro. "E a orla branca foi de ilha em continente, clareou.........."
ResponderEliminarCara Ana Paula,
ResponderEliminarConcordo! Contudo há aspectos que não toca e que quanto a mim não deixam de ser relevantes.
São abordados por mim lá no meu blogue. Imploro-lhe que me visite e comente... (estou mesmo a implorar, não é de joelhos, mas estou!)
http://conversavinagrada.blogspot.com/2010/05/jornalistas-entre-o-cacete.html
Até já!
Tenho um dedinho que me diz que esat sondagem traz água no bico. Mesmo tendo em atenção o que escreve ( e eu subscrevo), interrogo-me como é possível uma mudança tão radical em apenas duas semanas. Sinceramente, cheira-me a esturro!
ResponderEliminarNão cheira nada!!! Cheira é a Omo...
ResponderEliminarIsto é apenas a lavagem cerebral que os média e outras "coisas" que tais!!!, na sua relação sombria com o Estado, estão a iniciar...
Há que começar a incutir no subconsciente do Povo a necessidade de uma Maioria Absoluta... como se fosse isto a Salvação Nacional! Até é a Salvação, mas apenas para alguns...
Basta olhar para trás, recordar o passado, e rapidamente chegamos lá... nem com, nem sem... Maioria Absoluta...
Estou como o outro "Maiorias Absolutas... Jamais!"
Olá Fernando :)
ResponderEliminarComo não podia deixar de ser, adorei esta viagem pela ficção histórica que me merece, naturalmente!, o maior dos sorrisos e me deixa sem resposta... obrigado, Fernando!
Um grande abraço.
Rogério,
ResponderEliminarAs minhas desculpas por só hoje responder... por vezes, os afazeres e as corridas dos dias não permitem responder atempadamente ao ritmo do que desejariamos... por isso, vou já, já, ao Conversa Avinagrada :)
Aquele abraço.
Carlos,
ResponderEliminarÉ impressão minha ou tem um sentido de olfacto, apesar do que nos diz o Voz a 0 DB :) muito, mas mesmo muito, sofisticado? :)
Grande abraço.
Voz a 0 DB,
ResponderEliminarSerá que aqui leio alguma ligeirissima insinuação sobre as várias faces com que se apresentam as enviesadas tentações de branqueamento da realidade?
... se assim é: obrigado :)
Um grande abraço.