A política deve, acima de tudo, servir a "res publica"! Recorrentemente, utilizar a política para responder a interesses corporativos ou questões pessoais pode constituir-se como atentado ético à nobreza que, conceptualmente, se requer à responsabilidade social que implica a gestão da Polis. É, por isso, digno de nota, o texto que, hoje, o eurodeputado independente Vital Moreira, Professor de Direito Constitucional, publicou no seu blogue Causa Nossa, revelando que o sentido do Estado se deve, sempre!, sobrepôr, a qualquer tentação personalizada que, sob a capa de hesitações, dúvidas ou demogogia, ponha em causa os interesses colectivos de uma Nação. O problema é, aliás, particularmente pertinente e grave no momento actual, uma vez que a construção do federalismo europeu se defronta com uma profunda crise económico-social que, ao atingir todos os seus Estados-membros, acentua a necessidade de coesão social que, terá que se confrontar com reformulações da sua arquitectura económica e, simultaneamente, com especificidades nacionais que é preciso saber defender. (Ler AQUI o texto do Professor Vital Moreira)
Cara Ana Paula,
ResponderEliminarEntendo o que escreve. Nem comentaria, não fosse o caso de ter saído desencantado do post de Vital Moreira. Parece um apoio resignado por ausência de candidato melhor. Ao terminar assim: "Dito por quem é, isto pode parecer cinismo, mas não é: nas circunstâncias, Alegre é o melhor candidato que o PS poderia ter", até parece ser o que tem o cuidado de dizer que não é: um apoio algo cínico. Enfim, leituras possíveis. Não garanto que estejam correctas. Veremos...
Abraço amigo
Cá estão as reticências, as resistências e os sapos de que eu tanto falei, Ana Paula.
ResponderEliminarO Prof. Vital Moreira faz a leitura perfeita, que outros já fizeram também. Não tenho a mínima dúvida sobre a o apoio do PS a Manuel Alegre contudo, vamos ver até que ponto a máquina entrará em funcionamento.
Espero que no almoço de Évora o candidato se esforce por aparecer com um discurso fácil e sem metáforas, o menos trinotroante possível, mas pragmático para que todos o possam entender e fundamentalmente, que apresente um caminho próprio capaz de equilibrar alguns disparates que já foram feitos como o apoio a destempo do BE que talvez o tenha prejudicado mais do que beneficiado.
Mas para isso também será necessário que os intervenientes o questionem de forma positiva e construtiva para que Alegre se sinta, também, na obrigação em responder de forma clara e sem subterfúgios.
Quere-se um candidato objectivo e frontal perante as fraquesas já tão sabidas da concorrência, mas que também tenha consciência das sua próprias.
Um abraço, Ana Paula.
Ou li mal! Ou estou a ficar decrépito!
ResponderEliminarPois nada no texto que li me leva a concluir que o que lá está escrito revela um sentido de Estado! Pareceu-me mais um texto do que deve o PS fazer para não ficar mal na fotografia... e que eu saiba, os Interesses Colectivos da Nação são muito, mas muito superiores aos interesses de um qualquer partido político...
Carissimos Rogério, T.Mike e Voz a 0 DB :)
ResponderEliminarObrigado pela explícita interpretação que, como sempre, frontalmente, aqui partilham... quanto a mim, resta-me dizer-vos que considero importante para alguns sectores do Partido Socialista o texto de Vital Moreira que eu, de facto e como sabem!, não subscrevo ao nível das reservas expostas pelo autor... da sua referência direi que se trata de visibilidade estratégica para um partido onde alguns manifestam sérias dificuldades em ultrapassar protagonismos e corporativismos que lembram laços de vassalagem de tempos, mais e menos, idos...
Um grande abraço :)