domingo, 13 de junho de 2010

Caprichos contra o Direito - o caso da CPI


Pacheco Pereira já não sabe como obter credibilidade e hipoteca o seu partido a uma guerra que, no máximo, lhe valerá outra vitória de Pirro. A insistência em moldar as conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o caso TVI, levam o caprichoso deputado a violar a Constituição pela repetição capciosa de um argumento inválido, a saber a consideração e divulgação de "escutas" como elemento pró-probatório de um Relatório que, à falta de factos, quer ver redigido em termos impressivos e opinativos, ou seja, subjectivos. Para quem defende um Estado de Direito é claro o entendimento que dele resulta. Da inconstitucionalidade da consideração das "escutas" vale a pena ler aqui o que tem sido escrito e sobre a sua irrelevância para o processo considere-se o que pode ser lido aqui. O Direito não se combate com birras... resta-nos agora esperar para ver o que fará Passos Coelho com tão pouco!

6 comentários:

  1. Ana Paula,
    Sem mais nem ontem...
    Aliás, chamo-lhe a atenção para o texto da Prof. Fernanda Palma que à boleia do Osvaldo de Castro publiquei hoje.
    É tudo muito claro.
    Sem puxar a brasa à minha sardinha, até porque a receita do João Semedo era de bifes, tudo têm tentado para levar por diante um asqueroso cozinhado, predisposto desde o início da CPI.
    Às vezes chego a ter pena de ainda faltarem 15 dias, e não ser já amanhã, a minha partida para Oldenburgo onde, quer dos jornais quer dos telejornais consigo entender muito pouco e a ligação com esta terra só será feita pela net quando for possível.
    Isto já começa a tornar-se insuportável! Parecemos viver num local mal frequentado onde tudo é permitido e só poucos se importam. E depois espantam-se com resultados eleitorais como os rencentemente acontecidos na Holanda...
    Um abraço.

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  2. Numa análise muito rápida mesmo considero que tudo é legítimo e «aproveitável» a partir do momento em que o prime minister não convenceu ninguém sobre o modo como obteve sua licenciatura. Em qq país civilizado esse questão não teria passado impune, sabemos bem. Daí para a frente somos a chacota lá fora e cá dentro tb e não existe confiança de ninguém para com ninguém e é o salve-se quem puder. Como sabes melhor que eu os modelos terão de vir de cima- lugar comum , bem sei, mas nem por isso menos verdadeiro.

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  3. "O que fará Passos Coelho?"

    Passos de mágica!
    Mostrar-se-á como um coelho saído da cartola!
    O eleitor distraído, pelo ilusionismo é atraído...

    Boa?

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  4. Olá Miguel :)
    ... quão verdadeiras são as palavras que aqui partilha... tem toda a razão!... veja-se a Holanda, bem como o que se pressente na Bélgica e o que enquanto não tiver rosto persistiremos em negligenciar e ignorar!
    Faço votos de uma boa viagem e de uma excelente estadia!... mas, se puder vá dando notícias :)
    ... por cá, ficamos a aguardar!
    Um grande abraço amigo.

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  5. Olá Rogério :)
    Bela rima... não há dúvida que o rimar fala mais claro e persiste mais claramente na memória, mais ainda se se lhe somar o humor :)
    ... muito, muito boa! :)
    Grande abraço.

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  6. Olá Isabel :)
    ... hoje em dia, são tais os paradoxos e absurdos do mundo público que se torna difícil definir quais são os padrões de referência considerados, designadamente, dada a profusão informativa e desinformativa que caracteriza a globalização e a variabilidade da tolerância face aos contextos conjunturais prioritários... felizmente, mantemos, individualmente e em grupos de afinidades, os nossos valores e, consequentemente, as nossas capacidades críticas despertas, vigiando o próprio grau de manipulação a que estamos sujeitos. Quanto aos exemplos deverem ser os do modelos hierárquicos verticais, sendo certo que seria desejável que assim fosse, já não sei bem se ainda o é, de facto... mas que ainda é válido o velho princípio de que "à mulher de César não basta ser séria porque tem também que parecer séria", isso é verdade...
    Beijos

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