quinta-feira, 17 de junho de 2010

A Tragédia de Burma


Ontem, pela primeira vez, vi o filme "Beyond Rangoon"... não posso, por isso, deixar de o referir. Com uma excelente interpretação de Patricia Arquette, o filme conta a história dos massacres ocorridos na capital da Birmânia, onde uma sangrenta ditadura militar continua a violar e ignorar todos os Direitos Humanos, castigando um povo pacífico cuja cultura se confronta com a necessidade de assumir uma luta sem tréguas que requer o ultrapassar do medo e uma coragem cívica extraordinária. Líder e exemplo mundial desse combate pelos Direitos Humanos, Aung San Su Kyi, laureada com o Prémio Nobel da Paz em 1991, vive em prisão domiciliária em Rangoon, capital de Burma (Birmânia), há, praticamente, 20 anos (ler também aqui e aqui). Documento imperdível da luta humana contra o poder das armas, pela reivindicação da democracia e da liberdade, o filme cujo título foi traduzido para português como "Rangoon", é uma celebração do amor à vida e do investimento sem reservas nas causas justas a que, cada vez mais, urge dar voz e rosto. Se ainda não viram, tentem ver... se já viram, vale sempre a pena rever.

8 comentários:

  1. Ana Paula,
    Já o tinha visto duas vezes.
    Em conjunto com o "Killing fields" é mais um hino à força e preserverança de tantos homens e mulheres, na sua grande maioria anónimos, e que fazem do outro a sua razão de vida.
    Pena é que os Rangoon's se mantenham e se criem novos perante a impassividade internacional. Não é crível que situações destas se mantenham e os poderes internacionais assobiem para o lado.
    Estes, apesar de tanta morte e tanta violência, têm um bom final, mas todo o seu contexto não deixa de nos perguntar como se continua a viver com esta dilacerante tenaz dentro do peito.
    Um abraço.

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  2. Miguel,
    Obrigado pelo excelente texto que aqui partilha, a propósito da dramática situação vivida na Birmânia. A sua leitura deixa equacionados os dois termos de um intolerável mas real binómio que caracterizo, parafraseando-o: "a impassividade internacional" versus a "dilacerante tenas dentro do peito"...
    Um grande abraço.

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  3. Olá Ana Paula

    Também já vi o filme duas vezes, uma há vários anos e outra no ano passado, quando falei de Su Kyi lá no blogue (http://sustentabilidadenaoepalavraeaccao.blogspot.com/2009/10/aung-san-suu-kyi-uma-heroina-do-nosso.html), onde tem link para o filme em partes no youtube.

    Anteontem assinei mais uma carta para a libertação dela, através da Amnistia Internacional (http://www.amnestyusa.org/emails/I1006A03.html), para pressionar a sua libertação total antes das próximas eleições, mas para ser sincera, não tenho muita fé no ditador Than Shwe.

    Ainda bem que aqui abordou o assunto, pois além de ser um filme imperdível, é preciso que se saiba o que se passa em Myanmar e se ajude a pressionar.

    Um abraço

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  4. hheelloo..

    visit it http://www.unand.ac.id/arsipua/pnl/

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  5. Muito Boa Tarde.

    É um prazer visitar o seu blogue. Estou por meio a divulgar o novo blog de crónicas entre outros assuntos da actualidade, com a opinião que terá um cunho meu. Sou blogger há varios anos, mas não vou divulgar os blogs que tive, quero que este tenha mérito próprio. Gostaria muito que colocasse o meu link e se possivel divulgue pelos seus amigos. Se o fizer, com certeza farei no meu humilde blog.

    http://quadratura-do-circulo.blogspot.com/

    Esta mensagem irá passar por alguns blogs que sigo.

    Um abraço

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  6. Olá Manuela :)
    Nem sei como é que me "escapara" este filme!!! mas, no momento em que o vi, há 2 dias, foi uma grande e muito gratificante surpresa! Myanmar é uma dolorosa evidência e o silêncio que sobre o que aí se passa é ensurdecedor, num século em que a globalização, a informação e a mediatização não conhecem fronteiras. Vamos pois continuar a pressionar... e a Amnistia Internacional pode, de facto, ajudar!... porque, tal como a Manuela, não tenho qualquer esperança no ditador e no regime birmanês.
    Um grande abraço e um beijinho :)

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  7. Caro Joel de Sousa Carvalho,
    Obrigado pela sua visita e pelas suas palavras. Terei muito gosto em visitar o seu blogue e em o integrar na lista do A Nossa Candeia.
    Um abraço.

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