A Guerra da Água atingiu proporções dramáticas: 80% da água potável disponível na Cisjordânia é consumida por Israel que impede o seu acesso aos Palestinianos... com a inverosímil, ridícula e nefasta justificação de que foram os israelitas a descobrir primeiro (?!?!?!) as fontes deste vital recurso natural... para além de pura provocação, esta atitude é uma evidência da adopção dessa prática genocida que consiste no retirar os meios elementares de subsistência a um povo inteiro. Inadmissível Crueldade que serve apenas para ceifar a vida da população palestina e que contribui decisivamente para a falta de respeito que a Humanidade nutre já por Israel que continua a investir nos caminhos da guerra, da fome e da guerra como forma de relacionamento com os povos vizinhos. A Amnistia Internacional veio a público denunciar a situação.
(Este post tem publicação simultânea no Forum Palestina e no A Regra do Jogo)
Link para um ensaio de Arundathi Roy sobre o projecto Sardar Sarovar no rio Narmada na Índia, a propósito de guerras da água.
ResponderEliminarhttp://www.narmada.org/gcg/gcg.html
Cara Ana Paula
ResponderEliminarVi a notícia na TV, e fiquei estupefacta. Até na água. E os Israelitas, como sempre, acham-se donos da razão, "até são eles que poupam mais água".
Espero que a Amnistia Internacional os obrigue a recuar.
Uma coisa tão cristalina como a água pode funcionar como uma arma de destruição em massa.
ResponderEliminarE não produz radiações nem tão pouco necessita de centrifugadoras para o seu enriquecimento.
Entretanto, a maioria dos responsáveis, chega à noite, deita-se e adormece sem pesos de consciência ...
Vou ver, Fernando. Obrigado! Abraço :)
ResponderEliminarManuela,
ResponderEliminarVeja o link indicado no comentário de Fernando Cardoso... penso que também vai gostar.
Abraço :)
T.Mike,
ResponderEliminarPenso que vai gostar de visitar o link que, acima, o Fernando Cardoso aqui partilha... de facto, é profundamente lamentável que no século XXI não tenhamos alcançado um grau civilizacional planetário capaz de ter interiorizado nos cidadãos valores elementares como são os que respeitam à simples partilha dos recursos naturais de que depende a vida!... o mais preocupante é, segundo penso, que esta situação assinala, com toda a evidência, o que serão os grandes dramas do século: as guerras da água, dos géneros alimentícios que se somarão às da energia... muito trabalho a fazer, diria!... designadamente no campo da prevenção que, apesar da inquestionável pertinência, se não vislumbra no horizonte como prioridade política... Abraço.
Olá Querida Ana Paula.
ResponderEliminarA propósito transcrevo para aqui, um post de Eduardo Miguel Pereira, no blogue chegateaqui:
Mais um Inverno se aproxima, mais chuva virá (pelo menos assim se espera), e mais um ano se passa sem que eu constate melhorias ao nível do aproveitamento das águas pluviais.
Ainda na semana passada, aquando das fortes chuvadas de 2ª e 3ª feira, pude observar o triste espectáculo que é, ver todos aqueles milhares de litros de água escorrerem rua abaixo e sarjeta adentro, sem que se criem mecanismos de aproveitamento deste bem tão precioso e cada vez mais escasso que é a água.
Eu, que sou um acérrimo defensor do reforço do poder local, sou também, neste aspecto em particular, um crítico relativamente à inércia que a maioria das Câmaras Municipais têm demonstrado nesta questão.
Muitas são as áreas e as soluções que poderão ser implantadas, para que se obtenha um maior aproveitamento das águas pluviais, mas há uma área em particular que me chama maior atenção, que são os jardins, ou espaços verdes, públicos.
Todos gostamos certamente, que as nossas cidades e vilas tenham bonitos jardins e aprazíveis zonas verdes para que possamos delas usufruir nos nossos tempos livres. Mas essas áreas são autênticos sorvedores de doses industriais de água, sendo que, na maior parte dos casos, essa mesma água, que é usada única e exclusivamente para rega, provem da rede pública, ou seja, água potável, que é um bem preciosíssimo e que é ali esbanjada de forma inaceitável.
E a solução para minimizar este desperdício é tão simples, que me espanta e indigna que nada, ou praticamente nada, seja feito para resolver a questão.
Bastaria que em cada jardim ou espaço verde, fosse reservado um espaço para construção de tanques subterrâneos para onde se encaminhariam as águas pluviais, isto á imagem dos sistemas que já hoje existem para as habitações. Esses sistemas, no caso concreto dos jardins ou espaços verdes, nem precisariam de sistemas de filtragem tão eficientes como os que já existem para as habitações, dado que a água aqui armazenada visa unicamente a rega.
E se se quiser juntar o útil ao agradável, ainda se pode depois, ter um sistema de bombagem dessa água para rega, assente em energia solar, através de painéis fotovoltaicos, semelhantes àqueles que já hoje existem para algumas iluminações públicas ou sistemas de semáforos.
O custo de instalação destes sistemas é reduzido e o lucro ambiental seria tremendo.
Será assim tão difícil de entender isto e de levar à pratica tão simples projectos ?
Publicada por Eduardo Miguel Pereira em 15:54 7 comentários
25 de Outubro de 2009.
O meu comentário, foi que me apetecia saír por aí fora com uma bazuca e tirar o sarampo a todos os nossos dirigentes políticos, desde as "bases até" Belém!
Ás vezes sou uma fada mesmo má!
Beijinho para si, da fada, ou grão de pó e obrigada pelas chamadas de atenção, para coisas vitais para os humanos desfavorecidos e outras espécies, vítimas da estupidez humana e da ganância!
Querida Fada do Bosque,
ResponderEliminar... bazucas puxam bazucas... é melhor optar pela arma da razão e da solidariedade :)
... era bom que, entre nós, portugueses, a mobilização das redes de exigência cívica fossem mais activas e eficazes mas, a nossa cultura não favorece este activismo que, organizadamente e na rua, se torna a voz dos que, pacificamente, exigem a mudança!... Esperemos que, com o tempo e a nossa persistência vigilante, se criem condições para que a sociedade encontre meios de pressão que a concretizem (em muitos países o bloqueio ao consumo de algumas gasolinas funcionou)... obrigado pela partilha do texto de Eduardo Miguel Pereira, exemplo de que é possível encontrar soluções para problemas que nos são apresentados como complexidades de difícil resolução... tal como o link que Fernando Cardoso nos propõe no comentário que aqui partilhou...
Beijinho para esta Fada Boazinha que vive com força de alma os dramas da Humanidade :)
E a propósito da "água", recordar (segundo os dados de 2006 - Word Water Development Report) que aproximadamente de 1000 milhões de pessoas não têm acesso a água potável...(quanto a Israel - "continua a investir nos caminhos da guerra")Grande Abraço.
ResponderEliminarMuito bem lembrado, Jeune Dame... obrigado!... de facto, 1.000 milhões de pessoas sem acesso a água potável é uma realidade que carece urgentemente de mais visibilidade nas denúncias e, acima de tudo, de soluções eficazes... por isso, perante uma realidade tão drástica, parece inverosímil a desumanidade de um país recorrer ao acesso à água como arma genocida!!! Grande Abraço.
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