Não, não foi esquecimento... no post anterior, não me referi particularmente aos Ministérios das Obras Públicas, da Agricultura, da Educação, do Ambiente ou da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior... fi-lo por considerar que estas "pastas" proporcionam uma referência específica. De facto, a importância estratégica que o trabalho do Ministério das Obras Públicas pode significar para o país, designadamente em termos de criação de emprego e planeamento concertado para a dinamização económica do território nacional, é muito relevante, merecendo, por isso, uma palavra especial de apreço a escolha do Ministro António Mendonça a cuja visão técnico-política deve corresponder o peso que a situação económica nacional justifica. Esperemos que a articulação entre este Ministério e os Ministérios da Economia e do Trabalho seja profícua, nos termos do investimento de um trabalho político em rede em que deve, também, ser integrado o novo Ministro da Agricultura, António Serrano, cuja capacidade de trabalho e diálogo deverá ser rentabilizada não só para amenizar o diálogo com os agricultores mas, fundamentalmente, relativamente à gestão racional e objectiva dos fundos estruturais e à visão de futuro indispensável à revitalização do mundo rural. E é precisamente no âmbito da promoção e desenvolvimento deste trabalho político em rede que penso dever ser pensada a articulação entre as pastas da Educação, da Ciência, Teconologia e Ensino Superior e do Ambiente. Porque a Educação é hoje um desafio que transcende a negociação com os professores e com a questão do respectivo sistema de avaliação, carecendo de um redimensionamento em termos da formação científica e técnico-pedagógica dos docentes, colocando a Ministra Isabel Alçada perante uma responsabilidade que implica co-responsabilização ministerial com os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (cuja actuação do Ministro Mariano Gago deveria, pelo menos desta vez, investir mais na área das Ciências Sociais não só ao nível teórico mas da intervenção/acção para efeitos de efectiva promoção da qualificação dos serviços técnicos dos recursos humanos institucionais, públicos e privados) e do Ambiente que, no nosso país, requer maior intervenção política da agora Ministra Dulce Pássaro no mercado produtivo industrial mas, também, nos sectores educativo e científico nacionais.
(Este post tem publicação simultânea no A Regra do Jogo)
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