"Casa onde não há pão, todos ralham, ninguém tem razão" - diz o ditado! De facto, a situação económico-social portuguesa é muito grave mas, inequivocamente, os representantes partidários estão a entrar numa escalada caótica que, promotora de tensões políticas exacerbadas, tende a conduzir-nos a uma crise política que apenas agravará o clima económico-social português. O facto do discurso do recém-empossado PR ter agravado a situação nacional pela prestação de serviços à especulação dos mercados internacionais e por agitar vontades e ressentimentos internos, acrescido hoje à apresentação de uma moção de censura que foi reprovada na AR, denota um clima de desorientação que em nada contribui para enfrentar com seriedade os problemas nacionais. Os cidadãos, chamados a responder aos esforços que a situação financeira tem implicado, merecem o respeito político... e se a Europa ainda se pode dar ao luxo de o não fazer (por quanto tempo - é a questão!), os políticos portugueses têm essa obrigação porque foram eleitos para governar e apoiar a governação (nomeadamente a oposição!), com as suas críticas e as suas alternativas, em clima de diálogo e de acordo com a boa-fé inerente aos desempenhos da responsabilidade social. O que o país não precisa é de mudanças aparentes que se limitem a adiar no tempo soluções com mais e mais crises!... e é esse o cenário que se vislumbra com o acentuar da crise política e com a ameaça de eventuais demissões governamentais ou outras. A responsabilidade social implica diálogo sério e programas de governação claros que a cidadania subscreva com consciência e não meros anúncios de alterações que assustam e ameaçam ainda mais as condições de vida das pessoas já tão difíceis. É profundamente injusto continuar a manipular as pessoas, tentando obter vitórias à conta do desencanto e da esperança dos cidadãos, acicatando a revolta e criando condições para um neo-liberalismo sem peias e um autoritarismo previsível. A dignidade da democracia reside no respeito pelas populações! Manter a calma é, por isso, hoje, um imperativo político... e, meus senhores!, um imperativo ético!
Andamos nisto há tantos e tantos e tantos anos... que já não sabemos viver de outra forma... se não leu... ainda vai a TEMPO... não demora mais que 1 minuto... ver aqui
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é FANTÁSTICO OU NÃO?
Cara Ana Paula Fitas
ResponderEliminarExcelente post...
Aproveito para sublinhar este pensamento sobre a "Sabedoria da Calma", que vem a propósito:
"Aquele que mantém a calma diante de todas as adversidades da vida mostra simplesmente ter conhecimento de quão imensos e múltiplos são os seus possíveis males, motivo pelo qual ele considera o mal presente uma parte muito pequena daquilo que lhe poderia advir: e, inversamente, quem sabe desse facto e reflecte sobre ele nunca perderá a calma".
Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Ser Feliz"
E...os portugueses merecem ser felizes...e ter à frente do seu destino políticos calmos e dotados de imperativos éticos firmes e determinados com vista à concertação consensual exigida pelo rumo que o país deve seguir quer no plano nacional quer no âmbito internacional...
Abraço amigo e com calma positiva :)
Ana Brito
Quem sabe se a inspiração não foi o texto de 1836!? Os governantes de hoje já mostraram por diversas vezes que não têm cabeça pensante. Precisam de provas?
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