(Continuação e Conclusão do Post que pode ser lido Aqui)
(...) Ex-libris do território local, o sítio de Endovélico apresenta, por estas e por outras razões que o fundamentam, do ponto de vista estratégico para o desenvolvimento económico sustentado do concelho, o perfil requerido em termos de marketing e divulgação para uma atracção turística capaz de justificar a afluência de interesses susceptíveis de aí promoverem o investimento, podendo, por isso, ser escolhido como marca certificada de uma singularidade com valor próprio, no quadro do mercado das ofertas turísticas de qualidade em especificidades que vão do turismo rural ao turismo cultural, religioso, imaginário e de lazer. Foi isso que Alexandra Pereira, brand manager da Proximity/BBDO, foi dizer, concorrendo com o seu contributo para o esboçar de uma estratégia de desenvolvimento que, tal como o reconheceu e destacou Sofia Vieira da TGLA-Turismo Terras do Grande Lago Alqueva, pode ser uma extraordinária mais-valia para o concelho, capaz de valorizar e justificar o interesse turístico de uma região que conta hoje com um lago de dimensão internacional se, aos conteúdos patrimoniais forem acrescentados recursos infra-estruturais que, por um lado, como referiu Simão Correia da VISTA, implicam capacidade de alojamento, dinamização da mobilidade e promoção externa do território e da qualidade da oferta e que, por outro lado, como salientou Michela Zucca, requerem formação profissional direccionada para a integração populacional no processo de mudança que este tipo de investimentos implica.
Neste contexto, para além dos resultados obtidos na identificação do património arqueológico do concelho e registados na sua Carta Arqueológica (dirigida e coordenada pelo arqueólogo Manuel Calado que viu anunciada publicamente neste Congresso, pelo Presidente da CMA, a decisão de se proceder à revisão da mesma, sob a sua coordenação), é necessário proceder ao levantamento de todo o património etnológico do concelho que, tal como eu própria o afirmei na comunicação intitulada: “Etno-História, Património e Desenvolvimento – o caso do Endovélico”, é o garante da sustentabilidade concelhia, na medida em que o recurso à valorização patrimonial requer um trabalho visto em perspectiva, capaz de articular as questões da continuidade cultural e da mudança social, conferindo unidade à diversidade de elementos disponíveis num todo coeso que apresente inequivocamente um conteúdo sustentado à potencial marca “Terras do Endovélico”, assegurando-lhe qualidade (pelo rigor científico do conhecimento que anuncia) e sucesso (pela eficácia da estratégia da sua promoção).
O investimento cultural de um projecto político sustentado é, sem dúvida, uma forma inteligente de, nos tempos que correm, uma região pobre e desertificada, resistir às dinâmicas de despovoamento e empobrecimento, invertendo tal tendência pela revitalização do território e pelo envolvimento colectivo de quatro vectores de intervenção essenciais ao processo que, como concluiu o próprio Presidente da CMA, João Grilo são, nada mais nada menos do que: a autarquia, a comunidade científica, a população e o mercado.
O Congresso “Por Terras do Endovélico” foi, por tudo isto, uma espécie de arranque do que podemos designar por caminhada para o futuro. Uma iniciativa feliz que terá na publicação das comunicações ao Congresso, o primeiro passo para a consolidação de um trabalho que se prevê não só sustentado mas, eficaz e que tem já previsto um conjunto de actividades recorrentes e multidimensionais a ser oportunamente divulgado pela edilidade.
Neste contexto, para além dos resultados obtidos na identificação do património arqueológico do concelho e registados na sua Carta Arqueológica (dirigida e coordenada pelo arqueólogo Manuel Calado que viu anunciada publicamente neste Congresso, pelo Presidente da CMA, a decisão de se proceder à revisão da mesma, sob a sua coordenação), é necessário proceder ao levantamento de todo o património etnológico do concelho que, tal como eu própria o afirmei na comunicação intitulada: “Etno-História, Património e Desenvolvimento – o caso do Endovélico”, é o garante da sustentabilidade concelhia, na medida em que o recurso à valorização patrimonial requer um trabalho visto em perspectiva, capaz de articular as questões da continuidade cultural e da mudança social, conferindo unidade à diversidade de elementos disponíveis num todo coeso que apresente inequivocamente um conteúdo sustentado à potencial marca “Terras do Endovélico”, assegurando-lhe qualidade (pelo rigor científico do conhecimento que anuncia) e sucesso (pela eficácia da estratégia da sua promoção).
O investimento cultural de um projecto político sustentado é, sem dúvida, uma forma inteligente de, nos tempos que correm, uma região pobre e desertificada, resistir às dinâmicas de despovoamento e empobrecimento, invertendo tal tendência pela revitalização do território e pelo envolvimento colectivo de quatro vectores de intervenção essenciais ao processo que, como concluiu o próprio Presidente da CMA, João Grilo são, nada mais nada menos do que: a autarquia, a comunidade científica, a população e o mercado.
O Congresso “Por Terras do Endovélico” foi, por tudo isto, uma espécie de arranque do que podemos designar por caminhada para o futuro. Uma iniciativa feliz que terá na publicação das comunicações ao Congresso, o primeiro passo para a consolidação de um trabalho que se prevê não só sustentado mas, eficaz e que tem já previsto um conjunto de actividades recorrentes e multidimensionais a ser oportunamente divulgado pela edilidade.
Notas:
1 - Este texto e o excerto referente a este Congresso no post anterior foi publicado no jornal "Diário do Sul" de 07 de Julho de 2010;
2 - As fotografias deste Congresso podem ser vistas AQUI no blog O Poet'Anarquista que também publicou fotografias do workshop que integrou o programa cultural da iniciativa "Por Terras de Endovélico - À Descoberta do Alandroal" que podem ser vistas AQUI e a quem agradeço a generosa e amiga referência que pode ler-se AQUI.
Cara Ana Paula Fitas
ResponderEliminarAlqueva tornou-se um espaço edénico, para delícia dos viventes; tornou-se um lago imenso, submergindo a aldeia da Luz.
Regionalmente, sem dúvida, o culto do Endovélico faz a diferença.
Será, simplesmente, fabuloso que este Congresso, e a marca do Endovélico, contribua para o sucesso de uma grande abertura que tenda a afirmar-se e a conquistar um espaço próprio, específico, no quadro cultural e regional que foi recentemente tão bem promovido e que gozou da honra da sua prestigiada presença.
Obrigada...
Um abraço amigo
Ana Brito
Cara Ana Brito :)
ResponderEliminarObrigado pelas suas generosas, gentis, entusiásticas e justas palavras.
Seria de facto importante levar este projecto a bom termo... por todas as razões expostas e por todas aquelas que daí emergirão.
Um grande abraço amigo.
Quatro vectores muito importantes para o desenvolvimento sustentado, enunciados pelo Presidente João Grilo, e que destaco como fundamentais para o desenvolvimento do Concelho do Alandroal: autarquia, comunidade científica, população e mercado. Sem dúvida, o sucesso do programa eleitoral do MuDA que foi sufragado no dia 11 de Outubro de 2009, passa pela consolidação harmoniosa das quatro vertentes referidas na publicação das conclusões do Congresso, "Por Terras Do Endovélico", que com muito saber a minha amiga Ana Paula fez referência no seu texto. Precisamos dos quatro elos da corrente como mola impulsionadora para um futuro com sustentabilidade. Obrigado Ana Paula, o Concelho do Alandroal conta contigo nesta caminhada para o bem comum!
ResponderEliminarTrês abraços!!!
Camões :)
ResponderEliminarTrês ou mais abraços para todos os que não desistiram de lutar por um concelho a submergir à desertificação :)
Um grande abraço a um Presidente da Câmara jovem que se apresenta como capaz de corrigir e evitar os erros demagógicos e dogmáticos do passado, de forma independente e de boa-fé, empenhado com séria dedicação ao concelho, à freguesia e à cultura em que nasceu :)
Para ti, meu grande amigo, um grande, imenso e sincero agradecimento pelas tuas boas e sentidas palavras.
Aquele Abraço e um beijinho :)
Caríssima amiga Ana Paula Fitas,
ResponderEliminarSubscrevo inteiramente as suas palavras uma vez que o concelho do Alandroal é um local de um potencial estratégico, no plano turístico e cultural, que conheço bem e ao qual me afeiçoei pelas pessoas, pela riqueza do património, pela paz que toda a envolvência paisagística nos faz respirar! Agradeço o seu contributo para o delinear de uma estratégia de desenvolvimento dessa bela terra Alentejana que bem merece e por divulgar o património etno-histórico do Endovélico.
Quando estive aí a trabalhar, no Alandroal, só lamentei o estado de degradação e abondono a que estava votada a fortaleza de Jerumenha, o que não acontecia com os castelos do Alandroal e de Terena.
Saudações cordiais,
Nuno Sotto Mayor Ferrão
Carissimo amigo Nuno Sotto Mayor Ferrão,
ResponderEliminarDeixe que expresse a minha feliz surpresa por saber que, além de conhecer o espaço, nele trabalhou, compreendendo por isso, tão bem!, a necessidade de nele se intervir de uma forma qualitativa que, esperemo-lo! porque o tempo urge!, é indispensável à sustentabilidade do desenvolvimento que as populações merecem.
... quanto à sua sentida observação sobre a disparidade do estado de conservação dos castelos concelhios, partilho-a absolutamente mas, seria interessante se as obras que estão a decorrer em Juromenha conseguissem alterar realmente o cenário e a realidade local.
Obrigado pelas suas palavras.
Com as minhas melhores saudações amigas,
Minha amiga, :)
ResponderEliminar… deixa-me abrir aqui um espaço para a incerteza e para a dúvida…melhor que eu, sabes tu que «na alma da ciência voa sempre livre a interrogação da certeza e da verdade»… e neste esboço de projecto… não sei… a minha dúvida… será que vai existir essa preciosa articulação entre as quatro palavras chaves? autarquia, comunidade cientifica, população e mercado…será que estamos cientes da natureza do Outro, poder económico, mercado? das suas intenções e derivações? ... sabendo todos nós que é o poder económico que decide grande parte das nossas vidas, deixando sempre muita gente de fora… e será que o turismo não é uma forma camuflada de desertificação? assim, a minha opinião, o meu cuidado, os meus votos … para que o projecto seja pensado com a máxima racionalidade, participação dos vários saberes e partilha de opiniões ,tendo como pano de fundo o dialogo, a clareza, o rigor nas ideias e abertura a todos os pensares, mas mesmo, mesmo todos… porque não queremos ser vistos como os Papalaguis… « que não se preocupam em pensar nos homens em geral, mas apenas num, o que acaba sempre por ser ele próprio »…e porque sabemos que é no lugar da memória, contrapondo passado e presente que construímos a nossa diferença e a nossa identidade…
… acreditando no poder do dialogo e no vagar do pensar…
Um abraço + beijo
Saravah
Minha querida amiga :)
ResponderEliminarSe soubesses quanto é, para mim, importante este teu texto! Obrigado!... é, talvez o mais importante texto a ter em conta porque é o fidelissimo retrato de tudo o que de errado tem sido feito no desenvolvimento local que vai cedendo, em nome de uma obsoleta lógica de crescimento e lucro, à perversidade do mercado... são meus também, como os teus, os votos de que o espírito deste esboço de projectos se mantenha fiel a si próprio e aos melhores e mais altruístas interesses da população e do conceslho, sem se desvirtuar por obra dos factores que, em nome da equitativa divisão de lucros, hipotecam ainda mais o que tão pouca autonomia e autocracia já tem... bem-hajas por o dizeres de espírito aberto e tão honestamente... partilho contigo os receios e as dúvidas e aguardo o futuro para dele deduzirmos o que dele resultar... entretanto, faço também votos de que a vigilante observação crítica de carácter cívico que aqui testemunhas mantenha disponível o olhar e a palavra, de modo a que não seja pelo silêncio que nos retiram a razão...
Um grande abraço e um beijo
Saravah :)
Cont.da minha resposta anterior para duas correcções:
ResponderEliminar1 - retire-se a vírgula depois do verbo que se segue à palavra "Obrigado!...";
2 - leia-se: conselho onde, por lapso, aparece "conceslho"
O meu pedido de desculpa pelos lapsos :)