A propósito das recentes decisões da Ministra da Cultura, para além da estranheza causada pela nomeação de João Aidos verdadeiramente pouco conhecido ou reconhecido, é caso para se perguntar se o dito "recuo" nos generalizados cortes de 10% para o sector, decorre de se ter efectivado a demissão de Xavier Barreto e se, nesse caso, a divulgação dessa medida redutora deve ser entendida como forma de pressionar a decisão do demissionário... Seria pena, é certo mas, coincidências deste género em tão curto espaço de tempo, legitimam, pelo menos!, a interrogação (a este propósito vale a pena ler os textos de João Ricardo Vasconcelos no Activismo de Sofá e de Filipe Tourais em O Pais do Burro). Enquanto isto, decorrem as Jornadas Parlamentares do PSD que, sem qualquer alternativa político-económica credível, aproveitam a mediatização para fazer campanha com senso-comum e demagogia que muitos dos que se querem respeitados e ilustres não têm peias em protagonizar (leia-se o texto de Eduardo Pitta no Da Literatura). Fica o país na mesma sem rasgos de lucidez ou criatividade que estimulem a auto-estima lusitana (leia-se o texto de Carlos Barbosa de Oliveira no Crónicas do Rochedo e de Luís Rainha no Vias de Facto), a não ser que se adoptem e assumam procedimentos corajosos e legítimos não só de carácter endógeno mas também no que a relações externas respeitam (leiam-se os textos de JMCorreia-Pinto no Politeia, de Osvaldo Castro no Carta a Garcia e do Vidas Alternativas).
(Nota: o texto de Luís Rainha foi integrado posteriormente ao momento inicial de publicação deste post)
Coragem e consciência politica séria.Parab~ens pela postagem.
ResponderEliminarwww.vivendoteologia.blogspot.com
Cara amiga,
ResponderEliminarO João Aidos (vidé post na minha rua) é dos homens mais conhecido e respeitado, pelos produtores, técnicos, programadores, actores e gente das artes cénicas.
Além das suas competências criticas é um homem bom, sensato e de grande sentido ético.
Xavier Barreto era "outra onda", mas são da mesma geração.
Se estiver atenta, não vai ouvir nenhum reparo à escolha da ministra...da parte da tribo do teatro.
Um abraço grande,
J.Albergaria
Cara Ana Paula Fitas
ResponderEliminarSobre as suas "Leituras Cruzadas" Schopenhauer teria gostado de cruzar consigo algumas ideias, e sem querer ser muito confusa, atribuindo a Leibniz a fórmula madura do seguinte princípio, por vezes é necessário compreender o princípio da razão suficiente ou razão determinante quando estas enunciam que nada é sem que haja uma razão para que seja ou sem que haja uma razão que explique que seja. Acrescendo o princípio da contradição - nenhum facto pode ser verdadeiro ou existente e nenhuma enunciação verdadeira sem que haja uma razão suficiente para que assim seja e não de outra forma.
Felicito-a pelo seu exercício face à liberdade de fundamentar.
Um abraço grato, amigo e feliz :)
Ana Brito
Muito obrigado pelo destaque e pela gentileza, Ana Paula
ResponderEliminarBeijinho
Caríssima amiga Ana Paula Fitas,
ResponderEliminarNa verdade, como sabemos a situação do país é bem difícil e a missão de serviço público dos políticos muitas vezes é incompreendida. No entanto, como sempre, afigura-se-nos necessário seguir dois princípios de acção fundamentais: a firmeza das convicções e o bom senso decisório para não se cair em impasses e em recuos que podem dar a impressão de falta de uma linha estratégica para qualquer sector da governação.
Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
Ana Paula
ResponderEliminarMuito obrigado pela citação. Peço desculpa pelo atraso, mas infelizmente não tenho tido muito tempo para dedicar à blogosfera.
Abraço Amigo
JMCPinto
Caro Danilo Sergio Pallar Lemos,
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras.
Bem-haja!
Caro José Albergaria :)
ResponderEliminarSe o diz, acredito... mas, também é verdade que muitos o não conhecem e que não têm abundado na praça pública elogios e expectativas.
Aguardemos... por mim, consigo, faça votos de que seja bem-sucedido no seu trabalho porque as artes bem precisam :)
Um grande abraço :)
Cara Ana Brito :)
ResponderEliminarQue gratificante esta evocação de Schopenhauer cuja obra "O Mundo como Vontade e Representação" marcou os meus estudos filosóficos :)
Abraço amigo e feliz :)
É sempre uma alegria citá-lo, Carlos :)
ResponderEliminarBeijinho
Carissimo amigo Nuno Sotto Mayor Ferrão,
ResponderEliminarObrigado pela sensatez avisada das suas palavras.
Saudações amigas.
Caro amigo JMCorreia-Pinto,
ResponderEliminarEu sei bem que nem sempre é fácil dispôr de tempo... por essa razão, agradeço ainda mais as suas palavras... quanto à citação foi, como sempre, merecida.
Um grande abraço.