quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O "Manifesto Comunista" e a Viragem Histórica...


Em 1848 foi publicado, pela primeira vez, o "Manifesto Comunista", escrito por Karl Marx e Friedrich Engels... e se há documentos que inscrevem a mudança e assinalam a viragem na História da Humanidade, o Manifesto Comunista é um desses textos - testemunho de uma contemporaneidade diversa de todo o tempo anterior, pela interpretação sociológica e política que, pela primeira vez, surge desmistificando radicalmente a estrutura organizacional da arquitectura do poder. Hoje, descobri esta sua versão, animada... partilho-a aqui para que não esqueçamos a herança de uma História que não podemos ignorar, em nome de um aperfeiçoamento democrático que não pode perder de vista o essencial (o tal que, como dizia o Principezinho "é invisível aos olhos") e onde a participação e a cidadania sejam, efectivamente!, motores e não agentes passivos desse poder que, já em meados do século XIX, Marx e Engels deram a compreender ao mundo...

8 comentários:

  1. Cara Ana Paula Fitas
    Muito oportuno relembrar o "manifesto comunista".
    Era muito jovem quando a ele tive acesso nuam versão polocopiada. Logo se tornou na minha biblia. Ainda nestes tempos de grandes indefinições ideológicas dou umas espreitadelas às obras de Marx e Engels. Como tudo sería perfeito se os Marxistas não se tivessem limitado a considerar uma ciência acabada. Erro colossal, pois qualquer ciência por muito perfeita que seja, nunca está acabada.
    Bom motivo para discussão.
    Abraço

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  2. Ana Paula,
    Isto é fazer-nos regressar aos tempos da juventude em que inebriados por uma luta que queríamos ganhar liamos sofregamente estes textos, muitos deles adquiridos por debaixo da mesa ou já embrulhados para que não dessem nas vistas. Ainda hoje os guardo religiosamente como marco histórico para a humanidade e também para mim e para que amanhã possam vir a servir a alguém que os queira estudar.
    Esta recordação trouxe-me também à ideia um texto do Já falecido Sottomayor Cardia, publicado na Seara Nova e que se intitulava "Por uma Democracia Anti-Capitalista" e que foi para muitos de nós, quando era difícil fazer política e assistir a comícios da oposição, uma verdadeira bíblia política.
    Tempos que recordo mas que não desejo voltar a viver por muito exaltantes que tenham sido.
    Um abraço.

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  3. Acabo de escolher o meu post
    de 1 de Janeiro de 2011
    e não é por causas passadas
    mais ou menos frustradas
    mas por aquilo que considero
    e quero

    Obrigado

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  4. Caro Rodrigo,
    ... tem toda a razão: a ciência requer a permanÊncia de uma atitude aberta, capaz de rever constantemente os conceitos e os métodos, adaptando-os às realidades em mudança. O dogmatismo é, por isso, o pior inimigo da seriedade e da eficácia e, neste contexto, cabe lembrar que ao defenderem de forma acrítica pressupostos não revistos e adaptados, os pseudo-marxistas percam até o direito de evocar o saber que nos foi legado e que, apesar de datado, nos seria muito mais útil se lido em liberdade e segundo o entendimento do que à nossa actualidade é essencial. Obrigado!...
    Um grande abraço, Rodrigo! ... e um grande, feliz e inspirado 2011! :))

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  5. Caro Miguel,
    Boas evocações as que aqui nos traz... obrigado!
    ...e, Miguel, entre com alegria neste 2011 que vai requerer toda a nossa energia para pensar, dizer, escrever e fazer!
    Feliz Ano Novo!
    Um grande abraço.

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  6. Caro Rogério,
    Fico ansiosa por ver e ler... no fim-de-semana, regressada desse sul onde o tempo passa devagar, irei, apressada, visitar o Conversa Avinagrada.
    Grande abraço!

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  7. Querida Ana Paula :))
    Fiquei com vontade de "roubar" o post, mas já vi que o Rogério se antecipou. Tenho pena de nem sempre conseguir acompanhar a leitura dos seus posts com a âssiduidade que eles merecem, mas há tantas coisas a fazer diariamente na vida duma mulher assalariada....
    :)))

    Um grande beijinho e votos de um Feliz 2011.

    :)))

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  8. Uma animada e correcta síntese
    da visão económica, social e política
    da evolução histórica das sociedades
    elaborada por Marx e convincentemente
    demonstrada no jogo lógico da produção
    e reprodução da vida social onde a luta
    - e também, se justa, a cooperação -
    de classes está omnipresente
    no processo político.

    Eu penso que a crise actual do capitalismo,
    com a concorrência colectivo-capitalista
    dos países asiáticos subdesenvolvidos,
    abre espaço a uma promissora
    renovação do marxismo
    e da economia
    neo-clássica.


    Bom Ano,
    Ana Paula.

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