Há mais uma nota desafinada no Concerto da Primavera que todos, apesar de tudo, gostariamos de continuar a celebrar: a notícia da possível reeleição de Durão Barroso como Presidente da Comissão Europeia... na verdade, para além da falta de candidatos alternativos à presidência comunitária num contexto de crise que torna arriscado o assumir deste lugar em tempos que se anunciam tão complexos, seria bom que, em consonância com o equinócio da mudança, do renascimento e da fertilidade (na sua concepção mais alargada!), uma revitalização renovada fosse a ideia europeia de futuro... contudo, dada a crise financeira, económica e política, nem isso, simbolicamente, podemos esperar... porque o horizonte não nos permite ver, neste anúncio, um qualquer sinal de mudança... e, ao contrário, dos tradicionalmente aliados Estados Unidos da América, a União Europeia, aparentemente imobilizada pelo medo da crise, parece apostada em investir numa continuidade de má memória que arrasta, na sua raiz, a "Cimeira da Vergonha" em que, nos Açores, Aznar, Bush, Durão Barroso e Tony Blair pactuaram o início da Guerra contra o Iraque... A política europeia continua sem soluções para a crise?!... parece que sim!
Ana Paula
ResponderEliminarPor isso é que eu digo que as eleições de junho constituem uma óptima oportunidade para votar nos partidos alternativos, os tais que nada têm a ver com esta construção europeia, e que defendem um outro modelo europeu.
JMC Pinto
Perante o facto em causa, percepciono melhor a justeza e o objectivo da proposta que faz... porque é urgente a mudança sob pena de sucumbirmos, conscientes, a uma lógica de continuidade sem tréguas para o reconhecimento desta permanente falácia que reconfigura, com palavras, um repetitivo sentido de intenções... interrogo-me se não estaremos a perder demasiado tempo, aguardando pela representatividade para repensarmos os métodos, os meios e as metas.
ResponderEliminarUm abraço