sábado, 28 de março de 2009

Mais Estado... Pelo direito a existir com dignidade?



Na sondagem ontem divulgada pela revista Visão, a maioria dos portugueses pronuncia-se favorável a uma maior participação e intervenção do Estado na vida pública, nomeadamente, em sectores estratégicos de que destaco: poder local, segurança social, saúde e educação. Não, na realidade, não creio que essa convicção se deva a uma eventual imagem do Estado a título de agente protector paternal, nem, menos ainda, a aspirações a uma economia planificada e centralizada. O resultado deve-se, antes de mais, à falta de credibilidade pública do sector privado cujos empresários não têm garantido ao longo dos tempos, no nosso país, a sobrevivência sustentável do mercado de trabalho... o argumento reforça-se aliás, no facto de, simultaneamente, os mecanismos de acesso e exercício do poder económico levarem os cidadãos a considerar a classe política e a própria actuação política como susceptível de representação de grupos definidos no contexto dos quais não se demonstra, a título de prioridade, a defesa do interesse público... Fica, por isso, a pergunta: Mais Estado porque se considera do seu âmbito de competências a defesa do direito a existir com dignidade?

Sem comentários:

Enviar um comentário