Nascimento Rodrigues anunciou a sua renúncia ao cargo de Provedor de Justiça no prazo de 10 dias; não se esperaria outra atitude da parte de quem, cansado das inúteis divergências entre PS e PSD sobre a escolha do seu sucessor, proferiu as declarações forçadas por 9 meses de uma adiada decisão, por motivos de somenos que ficam mais claras depois da indicação do nome de Jorge Miranda (leia-se o que dizem Tomás Vasques no Hoje há Conquilhas... , Miguel Abrantes no Câmara Corporativa e José Gomes André no Delito de Opinião)... O facto, repetido até à exaustão, é um sinal de menoridade democrática... efectivamente, depois de tantos nomes apresentados e rejeitados por motivos que radicam, na generalidade dos casos, na vontade política de recusa das sugestões de cada proponente, assim é. Lamentável, a situação denota que os principais protagonistas políticos do país não acreditam, eles próprios, na democraticidade institucional nacional... porque, um lugar que se pretende desempenhado de forma universal, justa, objectiva e imparcial tanto quanto é possível fazê-lo, deveria ser objecto de uma análise e decisão em função do mérito e perfil dos potenciais candidatos e não o objecto de uma representação partidária, mais ou menos nominal, mas, ainda assim, tendenciosa e suspeita... Começa aqui a deformação intrínseca da auto-representação democrática onde o exercício do poder não é, nem a representatividade partidária pretende que seja, independente, autónomo e, consequentemente, credível.
Concordo. Tem toda a razão.
ResponderEliminarObrigado pelo seu comentário... o pior de tudo é o tempo, precioso!, que se perde com questiúnculas que confinam a política a uma lógica redutora, "ensimesmada" e inútil que nos condena a um exercício repetitivo e não criativo das potencialidades democráticas no que respeita às necessidades dos cidadãos e das populações. Volte sempre! A Nossa Candeia agradece.
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