segunda-feira, 24 de outubro de 2011

100.000 Milhões?! - ou mais do mesmo?

A Cimeira Europeia que, ontem, domingo, se realizou em Bruxelas, para além de dar a conhecer a provável necessidade da UE recorrer à ajuda internacional (FMI), anunciou que, de acordo com as previsões da Chanceler Angela Merkel, os bancos precisam de ser recapitalizados em cerca de 100.000 milhões de euros. Será esse o objectivo primeiro das decisões comunitárias: alargar o fundo de resgate financeiro da Europa para recapitalizar a Banca. Perante a notícia, assistiu-se ao habitual corropio dos comentadores que precisaram de vir explicar as razões desta opção... sempre de acordo com a crítica aos mecanismos bancários que, "há mais de 30 anos" não previram a recapitalização em termos de operações adicionais à sua actividade corrente, não tendo acautelado os movimentos de circulação de capital em produtos que foram oferecendo a cidadãos e empresas, alargando a oferta e estimulando, o consumo! Explicações e especificidades à parte, a decisão expressa, simplesmente!, o repetir do mesmo padrão utilizado pela gestão financeira da economia que resultou na situação actual! Recapitalizar os bancos para, por um lado, resolver o défice da sua liquidez e para, por outro lado, viabilizar a concessão de crédito a consumidores e empresas! Sejamos sérios: não foi exactamente esta lógica que conduziu ao endividamento que, a própria Angela Merkel reconheceu ontem, pela primeira vez!, ser a natureza da crise europeia e, consequentemente, do euro?  

2 comentários:

  1. E esta Ângela embora seja cristã,nada tem de angélica.Êstes cristãos alemães que eu suponho serem luteranos,são afinal tão materialistas como os católicos romanos cujo Chefe actual é o alemão Ratzinger que até tem um olhar de rato sabidão.

    ResponderEliminar
  2. Caro José Gonçalves Cravinho,
    ... tem toda a razão... não há nada -absolutamente nada!- de "angélico" em todas estas decisões que são, afinal de contas, estratégicas... grata pela partilha do seu comentário, deixe que lhe diga que me fez lembrar uma entrevista relativamente recente do General Loureiro dos Santos onde este especialista em Estratégia se pronunciou sobre a gestão da UE pela Alemanha de Merkel.
    Um abraço.

    ResponderEliminar