Felizmente, ainda podemos mover-nos, pensar e, com sorte!, encontrar, no cruzamento das vozes, uma gratificante aproximação à realidade... a começar no enquadramento do problema (leia-se o texto de JMCorreia Pinto* no Politeia) em que faz mais sentido o enunciar de alguma daquelas evidências que merecem a nossa atenção (atente-se na observação de Francisco Seixas da Costa no Duas ou Três Coisas)... e se mérito há no conhecimento, é o de nos fazer perceber que, desde sempre mas, cada vez de forma mais evidente, o que acontece localmente, decorre muito mais do que supomos da correlação de forças que lhe é exterior - não só no plano económico (como bem demonstra a entrevista de Maria Flor Pedroso no Sem Embargo) mas, também, no plano político, cultural e social. Porque apesar de nos entretermos com as pequenas coisas que se tornam imensas se não pudermos pensar em perspectiva para definir a acção (vejam-se as notas de Rui Rocha no Delito de Opinião), o facto é que não podemos dissociar o local e o global (leiam-se os textos de Manuela Silva e Manuel Brandão Alves no A Areia dos Dias), já que tudo nos engloba e nos transcende quase (diria Mário de Sá Carneiro!!) ao mesmo tempo que nos limita e condiciona (vale a pena ler João Abel de Freitas no PuxaPalavra, Gee no Furúnculos de Pandora e Joana Lopes no Entre as Brumas da Memória)... A consciência do que somos (vale a pena ler a evocação de MFerrer no Homem ao Mar), só o é verdadeiramente se atendermos às causas (leia-se Nuno Ramos de Almeida no Cinco Dias) para, sobre elas, agir... para que se não repita o que nos relembra Eduardo Marculino no História Viva e não sejamos reduzidos ao constatar do poema com que desenhamos os dias (leia-se o que publicou Bipede Falante no Mínimo Ajuste).
(Nota: o texto assinalado com * foi introduzido poucas horas depois da publicação inicial deste post)
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